O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o início da coleta de dados do 12º Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola foi adiado para 2027. A previsão inicial do órgão era iniciar os trabalhos em 2026, mas a indefinição orçamentária levou à revisão do cronograma.
Para viabilizar a preparação da pesquisa, o IBGE solicitou um orçamento de R$ 700 milhões para 2026, recurso destinado, entre outras ações, à contratação de servidores temporários. A liberação do valor ainda depende da aprovação do Congresso Nacional. O orçamento total do projeto, apresentado de forma preliminar, está estimado em R$ 3,4 bilhões, podendo passar por ajustes.
De acordo com o plano atualizado, o instituto pretende realizar em outubro de 2026 um cadastro prévio dos estabelecimentos agropecuários que optarem por responder ao questionário de forma online. A aplicação das perguntas pela internet está prevista para janeiro de 2027, enquanto a coleta presencial deve começar em abril do mesmo ano.
As informações foram divulgadas durante a apresentação dos resultados da primeira prova piloto do Censo Agro, encerrada neste mês. Essa etapa preparatória ocorreu em seis municípios: Nova Friburgo (RJ), Alfenas (MG), Grão Mogol (MG), Sobradinho (BA), Juazeiro (BA) e Bacabal (MA). A segunda prova piloto está prevista para abril de 2026.
O Censo Agropecuário realiza um mapeamento detalhado das condições da produção rural no país, incluindo perfil dos produtores, área dos estabelecimentos, mão de obra ocupada, financiamentos, despesas e investimentos. A edição mais recente, realizada em 2017, identificou cerca de 5,1 milhões de estabelecimentos agropecuários no Brasil. Para a nova edição, o IBGE estima recensear aproximadamente 5 milhões de estabelecimentos.
Entre os novos temas que devem ser incorporados ao levantamento estão sucessão do produtor, meio ambiente, perdas produtivas, destino municipal da produção comercializada e uso de tecnologias, como drones, agricultura de precisão e plataformas digitais.
