CNA divulga nota sobre tarifaço, mas omite articulação do Governo Federal

Confederação, normalmente cuidadosa com os comunicados oficiais, trata da retirada da sobretaxa de 40% como “resultado da força dos produtores rurais brasileiros, que, com dedicação e trabalho duro, alcançaram alto padrão de qualidade”

Soja, café verde, carne bovina in natura, celulose e carne de frango in natura são os destaques para março na balança comercial do setor agrícola. (Foto: Ministério da Agricultura)

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou nota tratando da retirada da sobretaxa de 40% a alguns produtos brasileiros por parte do governo norte-americano. Em 22 linhas, a entidade não faz qualquer referência à atuação do Governo Federal em nenhuma instância. Não são citados o Mapa, ApexBrasil, Itamaraty, Presidência da República.

A CNA credita a retirada da sobretaxa ao “resultado da força dos produtores rurais brasileiros, que com dedicação e trabalho duro alcançaram um alto padrão de qualidade”, avalia a CNA na nota.

A confederação lembra que a ausência de alguns produtos brasileiros no mercado norte-americano criou um ambiente inflacionário. “Isso mostra que a presença do agro brasileiro nos Estados Unidos tornou-se imprescindível”, diz a nota.

Nota da CNA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) esclarece que o anúncio da retirada das sobretaxas de 40% aos produtos brasileiros, predominantemente do setor agropecuário, anunciada pelo presidente Donald Trump, é resultado da força dos produtores rurais brasileiros, que com dedicação e trabalho duro alcançaram um alto padrão de qualidade.

Durante o período de vigência dessas tarifas, aplicadas a setores como carnes, café e frutas – entre outros em que o Brasil é extremamente competitivo no comércio global -, diversos setores da economia norte-americana ficaram desestabilizados após sentirem os efeitos da redução no volume de importações brasileiras.

Em alguns segmentos, a ausência do produto brasileiro gerou pressões inflacionárias e necessidade de reorganização logística, impactos que rapidamente chamaram a atenção de compradores e reguladores. Isso mostra que a presença do agro brasileiro nos Estados Unidos tornou-se imprescindível.

A recomposição do fluxo comercial confirma que o agro do Brasil não apenas abastece o mundo, alimentando mais de 1 bilhão de pessoas e garantindo a segurança alimentar no planeta e preservando o meio ambiente, como também influencia diretamente a eficiência produtiva de países parceiros.

Desta forma, a CNA reforça, junto aos mais de cinco milhões de produtores rurais em todo o país, federações estaduais de agricultura e pecuária, sindicatos e entidades de classe, o protagonismo do agro brasileiro no comércio global e do compromisso do produtor rural com a qualidade de seus produtos, a segurança alimentar e energética e a preservação do meio ambiente.

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