Trump promete reduzir tarifas sobre café importado: será o fim do tarifaço?

O republicano sinalizou que pode aliviar as taxas impostas a produtos estrangeiros, incluindo o café brasileiro, após forte pressão interna nos EUA.

Estimativa do IBGE para a safra 2025/2026 é de 5,3 mil toneladas de café no Acre. (Foto: Pedro Devani)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (11) que vai reduzir “algumas tarifas” aplicadas sobre importações de café. A declaração foi feita em entrevista à Fox News e repercutiu internacionalmente, levantando a dúvida: será o fim do tarifaço?

Trump não detalhou quais países serão beneficiados pela medida, tampouco especificou o tamanho da redução. No entanto, o gesto é visto como um possível recuo diante da pressão de setores econômicos e consumidores americanos, que enfrentam forte alta no preço do café desde a imposição de tarifas extras sobre produtos estrangeiros.

O Brasil, principal fornecedor de café para o mercado norte-americano, tem sido um dos países mais afetados pelo aumento das taxas, que chegaram a 50% durante a atual gestão republicana. Desde então, o produto brasileiro ficou mais caro e menos competitivo nos Estados Unidos, impactando torrefadoras e cafeterias locais.

Em outubro, durante um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Trump admitiu que os EUA estavam “sentindo falta” de alguns produtos brasileiros prejudicados pelas sobretaxas — e citou o café nominalmente como um dos mais afetados.

Segundo a agência Reuters, assessores da Casa Branca ainda avaliam de que forma será feita a redução e quais setores poderão ser beneficiados. Enquanto isso, produtores brasileiros e exportadores observam com cautela a movimentação, esperando um possível reaquecimento nas vendas ao maior mercado consumidor do mundo.

Se confirmada, a medida pode marcar uma virada na política comercial norte-americana e aliviar tensões entre Washington e Brasília, que se intensificaram desde a adoção do chamado “tarifaço”. Para o setor cafeeiro brasileiro, a redução das taxas representaria não apenas um alívio econômico, mas também um sinal de reaproximação diplomática entre as duas maiores potências do hemisfério.

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