O governo do Acre, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), continua realizando fiscalização de trânsito e nas granjas comerciais e de subsistência para conter a entrada e disseminação da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) no estado.
O Acre é livre da influenza aviária, e medidas sanitárias são aplicadas constantemente pelo Idaf, seguindo todos os protocolos de contingenciamento previstos no Plano Nacional de Vigilância, elaborado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
As ações incluem visitas de médicos veterinários a estabelecimentos e produtores da avicultura comercial, bem como a criações domésticas de menor escala ou de subsistência em todo o estado, para a realização de coleta de swab da traqueia e da cloaca das aves, além da retirada de sangue para aquisição de soro. Os exames são enviados para análise laboratorial fora do estado, para comprovar a não ocorrência de casos de influenza aviária.
A realização de barreiras sanitárias também é estabelecida em pontos estratégicos de entrada e saída, como rodovias, para controlar o trânsito de animais e produtos avícolas, principalmente carne de frango e ovos. Essas barreiras verificam se os produtos estão livres de doenças e atendem aos requisitos sanitários exigidos, apresentando o Guia de Trânsito Animal (GTA).
Para Everton Arruda, coordenador estadual do Programa de Sanidade Avícola, a população do Acre pode ficar tranquila, pois o foco da doença não está no estado: “Todas as medidas de vigilância já vêm sendo adotadas ao longo do tempo, desde o foco da doença em aves silvestres no litoral peruano. Ou seja, nossas ações de vigilância, fiscalização e conscientização vêm sendo executadas”.
Vale ressaltar que ações educativas direcionadas à população sobre a importância da biossegurança, o manejo adequado das aves e como evitar a contaminação, além da fiscalização de revendas que comercializam aves vivas, também estão incluídas no plano de ação.
Mesmo diante dos casos de influenza aviária na região Sul, o Mapa explica que é seguro consumir carne de frango e ovos, desde que esses produtos tenham sido devidamente inspecionados, preparados e cozidos de acordo com as orientações de segurança alimentar.
“Reforço as palavras do Mapa: o consumo de carne de frango e ovos pode ser feito normalmente. No entanto, quero chamar a atenção do produtor rural para que reforce as medidas de biosseguridade em seus criatórios e granjas, realizando o monitoramento contínuo e tomando as precauções necessárias para evitar a propagação de doenças”, disse Everton Arruda.
O Idaf explica que o produtor é responsável pela saúde de seus animais, por isso é importante controlar o trânsito de pessoas e veículos em suas propriedades, mantendo ações como a instalação de barreiras sanitárias, a poda de árvores frutíferas para evitar que aves silvestres adentrem às granjas, a verificação das telas das granjas e o controle de roedores (ratos) e outros animais sinantrópicos (como morcegos).
(Texto de Fabiana Matos, extraído da Agência de Notícias do Acre)