Recondução de Valdomiro Rocha à frente da OCB qualifica cooperativismo no Acre

Cenários econômicos de extrema competitividade dentro e fora do país exigem organização de diversos segmentos, sobretudo da classe trabalhadora

Itaan Arruda
Dirigentes de cooperativas do Acre reafirmam apoio à gestão de Valdomiro Rocha no sistema OCB/AC (Foto: Jardy Lopes)

“Nunca vi um dispositivo tão diverso”. A fala de um jornalista sobre a diversidade ideológica de quem era convidado a compor lugares de destaque no encontro dos 71 dirigentes de cooperativas do Acre expõe um pouco do perfil do trabalho de Valdemiro Rocha à frente do Sistema Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). A diversidade também qualifica a qualidade do trabalho cooperativo.

A pluralidade dos oito ramos de cooperativas presentes no Acre exige uma postura de equilíbrio por parte de quem dirige o sistema. É isso o que estará em prova na manhã desta sábado (26) na votação do novo presidente. Valdemiro Rocha é o único candidato e isso também já diz muito do cenário. Entre os 50 mil cooperados do Acre, não se consolidou nenhuma candidatura que pudesse se contrapor ao que o trabalho de Valdomiro apresenta. “Isso não quer dizer que Valdomiro seja consenso. Não é isso”, disse um cooperado que não quis se identificar. “É que não há nem ambiente político e nem técnico que sustente uma opção alternativa”. 

Nos oito ramos de cooperativas que o Acre possui atualmente (Transporte, Agroextrativismo, Agricultura Familiar, Trabalho, Saúde, Crédito, Produção e Agropecuário), o espectro político é o mais diverso. Só mesmo a força do cooperativismo e a costura pontuada de Valdemiro Rocha são capazes de colocar no mesmo dispositivo de honra figuras como Sibá Machado, Nicolau Júnior, Eduardo Ribeiro, Edivan Maciel, Ronald Polanco.

Na fala de todos os cooperados, das regiões mais distantes ou próximas à Capital, o principal elemento que concretiza a mudança na forma e na qualidade de produzir trazida pelo trabalho da cooperativa é a renda. A mudança na renda é o argumento mais forte.

Maria José da Silva Maciel, mais conhecida como “Véia”, é a presidente da Central Juruá, que reúne seis cooperativas de produtores rurais. A produção de farinha é o carro-chefe. “Todos os produtores estão melhorando a renda depois que vieram para as cooperativas. Não acabamos com o atravessador. Ele sempre vai existir. Mas diminuiu bastante”, afirmou.

Outros dois programas que estão na rotina de quase todos os cooperados são o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o PNAE (Programa Nacional de Aquisição de Alimentos). Os dois programas são federais, mas têm uma capilaridade de muito impacto nas comunidades rurais.

As aberturas de linhas de crédito e programas estaduais de fortalecimento de cadeias produtivas dos suínos e do frango apresentam possibilidade de circulação de recursos que, em alguns casos, serão executados integralmente pelas cooperativas. Se o trabalhador não tiver preparo e organização, o recurso público é desvirtuado. A provável recondução de Valdemiro Rocha na presidência da OCB/AC tem esse cenário.

Respeito à diversidade ideológica dos oito ramos de cooperativas do Acre e capacidade técnica são marcas da gestão de Valdemiro Rocha (Foto: Jardy Lopes)

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