Sema e UFMG apresentam Selo Verde para monitoramento do Cadastro Ambiental Rural

Ainda não foi definida data para início do trabalho conjunto. Medida deve aumentar eficácia das ações de acompanhamento

Itaan Arruda
Sema e UFMG apresentam o Selo Verde, ferramenta de monitoramento do CAR no Acre.

O Governo do Acre e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vão trabalhar em parceria. A implantação do mecanismo do “Selo Verde” motiva a ação conjunta. Trata-se de uma plataforma digital de acompanhamento da produção agropecuária com o registro no Cadastro Ambiental Rural.

O “Selo Verde” é uma espécie de rastreabilidade: monitora se aquilo que foi combinado na assinatura da adesão ao Programa de Recuperação Ambiental está sendo cumprido pelo produtor. É um mecanismo de controle que oferece segurança tanto aos governos quanto ao próprio produtor.

O Cadastro Ambiental Rural (CAR) está muito defasado no Acre. Até agora, só foram analisados 14.173 cadastros em um universo de mais de 60 mil. O ritmo de análise é de 1,2 por ano. É um ritmo lento porque a Secretaria de Estado de Meio Ambiente não possui infraestrutura que possa aumentar o ritmo.

“Já solicitei aos parlamentares da bancada federal que alocassem emendas de maneira que nós pudéssemos melhorar o ritmo. Mas muitos entendem que esse trabalho é um trabalho de repressão ao produtor”, afirmou o secretário de Estado de Meio Ambiente, Leonardo Carvalho.

Enquanto não há um trabalho regular em grande escala com capacidade de equacionar a demanda, a Sema realiza os Mutirões. Esses eventos são periódicos e obedecem a um calendário. Mas, para além do Mutirão, o secretário Leonardo faz apelo para que o produtor se conscientize da importância de regularizar a propriedade. “A regularização ambiental para evitar os embargos é uma via de mão dupla”, afirmou o gestor.

Selo Verde: mais segurança para governos e produtores

A última atualização dos dados do Escritório do CAR-Acre) foi feita em 16 de julho deste ano. O número de Termos de Compromisso Ambientais firmados até agora foi de apenas 886 propriedades. O número de propriedades que aderiram ao Programa de Recuperação de Áreas Degradadas é menor ainda: 787. Isso correspondeu a uma área de 402.049 hectares.

A maior parte dos Termos de Compromisso Ambiental (TCA’s) é composta por propriedades pequenos, com menos de  4 módulos fiscais (ou seja, propriedades com menos de 400 hectares). Foram 808 TCA’s (91,2%) em propriedades pequenas; e 78 (8,8%) em propriedades com mais de 4 módulos fiscais.

O trabalho em parceria com a UFMG vai trazer mais segurança no acompanhamento tanto para os governos quanto para os produtores que querem se regularizar e querem produzir de acordo com o que exige a lei e (detalhe importante), de acordo com o que já está começando a exigir o mercado, inclusive o mercado financeiro.

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