A Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (Seagri) do Acre se manifestou após receber mais um ofício do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), que solicita informações sobre o controle de abastecimento da frota e uso de veículos vinculados à pasta. De acordo com a assessora técnica da secretaria, Temyllis Silva, essa não é uma situação inédita. “Já recebemos quatro ou cinco notificações semelhantes nesses dois anos e sete meses. É algo natural, considerando o tamanho da nossa frota”, afirma.
Segundo a Seagri, o Estado conta hoje com 24 escritórios ativos, todos com veículos, motos e equipamentos agrícolas. Somente na sede, são mais de 15 caminhonetes, além de carretas, motos e caminhões destinados ao escoamento da produção. A pasta também informou que ampliou significativamente a atuação do Departamento de Mecanização — que saltou de 3 mil hectares atendidos em 2023 para mais de 8 mil em 2024 — e que todos os veículos possuem rastreadores, diário de bordo e cartão de abastecimento individualizado por motorista.
A empresa Gold, mencionada no ofício do MPAC, teve o contrato rescindido pela Seagri após problemas de repasse aos postos, mesmo com os pagamentos em dia. “Aplicamos penalidades e multas. Hoje, temos total controle sobre o abastecimento”, garantiu Temyllis. A pasta diz ainda que passou a proibir que os próprios produtores forneçam combustível para as máquinas, adotando um sistema de arrecadação por meio de DAE (Documento de Arrecadação Estadual), que fortalece o fundo utilizado para abastecimentos.