No Km 160 da Estrada Transacreana, chega-se ao Ramal Nova Olinda. Ao chegar nesse ramal, 65 quilômetros depois (como é comum dizer no Acre: “são 65 quilômetros de ramal”), chega-se ao Seringal Sacador. É lá que mora a extrativista Antônia Pereira, 70 anos. Por meio do Sindicato dos Trabalhadores Extrativistas e Assemelhados do Acre (Sinpasa), ela denuncia o grave conflito agrário na região. A família dela e dos vizinhos são submetidos a constantes agressões e abuso de autoridade.
“A última vez que o ‘Dedé’ foi lá em casa [Dedé é um policial aposentado]… Ele disse que nós não tinha (sic) terra… para dar um palmo de terra para nossos filhos. Nós estamos com quarenta e oito anos que nós mora (sic) naquele lugar. Eu tive seis filhos. Meus seis filhos nasceram e se criaram naquele lugar. Eu tenho dois filhos que moram naquela área de terra. Eles fica (sic) humilhando nós, humilhando meus filhos. Por isso, eu espero que vocês façam alguma coisa por nós”, indignou-se a trabalhadora.
Ela informou que já procurou o Ministério Público do Estado e até a Justiça Federal. A área não é federal. O ac24agro.com procurou a promotoria especializada sobre o assunto. Assim que tiver retorno, informará.