AgroAmigo: O microcrédito que fortalece quem alimenta o Brasil e combate à fome

O programa foi desenhado para combater um paradoxo histórico: regiões de vasta riqueza natural, como a Amazônia, ainda convivem com altos índices de insegurança alimentar

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O programa foi desenhado para combater um paradoxo histórico: regiões de vasta riqueza natural, como a Amazônia, ainda convivem com altos índices de insegurança alimentar. (Foto: Divulgação)

Em uma estratégia robusta para erradicar a insegurança alimentar e desenvolver economicamente as regiões mais vulneráveis, o Governo Federal acaba de lançar o AgroAmigo, um programa de microcrédito rural que injetará R$ 1 bilhão na agricultura familiar das regiões Norte e Centro-Oeste. A iniciativa é um pilar fundamental do Plano Brasil Sem Fome, que reuniu esforços de 24 ministérios e foi crucial para a recente saída do país do Mapa da Fome da ONU.

O programa foi desenhado para combater um paradoxo histórico: regiões de vasta riqueza natural, como a Amazônia, ainda convivem com altos índices de insegurança alimentar. Para enfrentar esta realidade, o AgroAmigo oferece condições excepcionais para incluir agricultores tradicionalmente excluídos do sistema financeiro: juros de 0,5% ao ano, prazo de pagamento de até três anos e um bônus de adimplência de 40% para quem quitar os empréstimos em dia.

Desenvolvimento com foco na inclusão

Os valores do crédito foram estabelecidos para reduzir desigualdades. Mulheres agricultoras, peças-chave na produção de alimentos, podem chegar até R$15 mil. Homens têm limite de R$12 mil e jovens entre 18 e 29 anos, até R$8 mil, incentivando a sucessão familiar no campo.

“O objetivo é garantir que o crédito chegue efetivamente às comunidades mais distantes. Levaremos embarcações para a Amazônia para visitar comunidades ribeirinhas que não são alcançadas por agências bancárias”, explicou Eduardo Tavares, secretário Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros.

Resultados que já chegam no campo

Os números iniciais comprovam o caráter inclusivo e a efetividade do programa. Até o momento, já foram contratados R$141 milhões em mais de 12 mil contratos. Na região Norte, operante desde 2024, foram 11.677 contratos (42% assinados por mulheres) no valor de R$136,4 milhões. No Centro-Oeste, que iniciou em 2025, são 404 contratos (48% com participação feminina) totalizando R$4,75 milhões.

Mais do que crédito: uma rede de apoio

O AgroAmigo não atua sozinho. Ele se integra a uma poderosa rede de políticas públicas de segurança alimentar, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) – que compra alimentos da agricultura familiar para destinar a populações vulneráveis – e os programas de Fomento Rural e Cisternas, que garantem assistência técnica e acesso à água.

Os recursos do microcrédito podem ser usados tanto para custeio (compra de sementes, adubos, ração) quanto para investimentos (construção de armazéns, sistemas de irrigação e equipamentos), permitindo que cada família fortaleça sua produção de acordo com sua necessidade real.

Para acessar o programa, o governo realiza mutirões itinerantes em parceria com prefeituras, cooperativas e sindicatos rurais, onde agentes de crédito ajudam os agricultores com toda a documentação, incluindo a emissão do Cadastro da Agricultura Familiar.

O AgroAmigo representa, assim, mais do que um empréstimo; é um instrumento de transformação social. Ele reconhece o papel fundamental da agricultura familiar não apenas como produtora de alimentos, mas como força motriz para um desenvolvimento regional mais justo e inclusivo, garantindo que o crescimento econômico chegue à mesa de quem mais precisa.

Saiba mais: gov.br/agroamigo

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