O mês de julho marca uma etapa essencial no calendário agrícola da Região Norte. Em diversas áreas, especialmente nas zonas de transição entre cerrado e floresta e nas planícies amazônicas adaptadas à agricultura, produtores rurais estão em plena fase de colheita e também de preparação para novas lavouras.
Entre as culturas em destaque no período estão:
- Milho (2ª e 3ª safras) – Em colheita em muitas propriedades, especialmente no Tocantins, sul do Pará e partes do Acre e Rondônia. Já a terceira safra começa a ser semeada em áreas com capacidade irrigada e planejamento técnico.
- Feijão (2ª safra) – Também em colheita, sobretudo em propriedades familiares que destinam parte da produção ao autoconsumo e ao mercado local.
- Arroz – Produtores aproveitam a fase final da colheita do arroz de várzea, que tem grande presença em estados como Amapá e Tocantins. Já em áreas com uso de irrigação, novas safras começam a ser desenhadas.
- Algodão – A cultura está em fase de colheita nas áreas técnicas de Tocantins e sul do Pará, com destaque para produtores que integram cadeias têxteis.
- Soja (safrinha e cultivos experimentais) – Em áreas de ciclo precoce e zonas com uso de tecnologia adaptada, parte da soja colhida ainda neste mês abastece o mercado interno e contratos antecipados de exportação.
- Sorgo – Ganha força como alternativa de rotação e cultura de suporte para ração animal, sendo cultivado principalmente em áreas do Tocantins e de Rondônia.
Esse momento exige planejamento logístico, armazenamento adequado e atenção ao clima, já que muitas regiões da Amazônia entram em período de transição para o verão amazônico (mais seco), o que impacta o manejo do solo, transporte e as previsões de produtividade.
Além disso, o mês de julho também serve como janela para correções de solo, compras de insumos e preparação para o plantio da safra 2025/2026, principalmente para quem cultiva grãos e hortaliças.