Durante a Reunião Técnica de Ações Integradas de Governo para o Enfrentamento ao Período de Seca, realizada nesta quarta-feira, 18 de junho, o coordenador da Casa Civil, Ítalo Medeiros, apresentou a estrutura do Grupo Organizacional de Comando e Controle (GOCC) e detalhou o funcionamento das frentes de atuação montadas pelo governo do Acre para enfrentar a estiagem e seus impactos.
Segundo ele, o GOCC é composto por dois grupos principais: o Gabinete de Crise Hídrica, responsável pelas ações de ajuda humanitária, e o Gabinete de Fiscalização Ambiental, voltado ao combate de práticas ilegais e controle dos desastres causados pela seca e pelas queimadas.
“A fiscalização é parte essencial desse processo. Se não for feita, a fumaça sobe, a população adoece, e a saúde pública é sobrecarregada. Por isso, as ações precisam ser integradas. Uma interfere diretamente na outra”, destacou Ítalo.
A Casa Civil coordena o grupo de fiscalização devido à sua capacidade de articulação jurídica e política com instituições estaduais e federais. Entre os parceiros citados estão o Ibama, o IMAC, a Secretaria de Meio Ambiente (SEMA), a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros, a Secretaria de Segurança Pública, a Secretaria de Planejamento (Seplan) e a Saneacre. Uma das inovações para 2025 foi a inclusão da Secretaria de Comunicação (Secom) no grupo de fiscalização, para garantir que as informações sobre as ações e regras cheguem até as comunidades.
“A Secom passou a integrar o grupo neste ano, justamente para garantir que as comunidades saibam que existe fiscalização, que há regras e, principalmente, que há caminhos para regularização. É um avanço importante na estratégia de comunicação pública”, frisou.
Ítalo ainda revelou casos críticos que têm sido enfrentados, como o uso de drones para aplicar veneno em áreas protegidas, citando como exemplo um crime ambiental ocorrido dentro de um parque estadual. “É um caso grave, quase policial. Estamos atuando com firmeza nesses episódios, com apoio técnico e legal”, relatou.
O coordenador explicou que o planejamento das operações de fiscalização é feito com base em dados da SEMA, por meio do Sistema de Informações do Meio Ambiente (CIS), que aponta os pontos críticos de desmatamento e queimadas. Esses dados, junto às previsões meteorológicas, orientam a atuação de brigadistas, bombeiros e equipes da Saneacre.
“A previsão do tempo tem papel fundamental nesse processo. Se vai chover, o risco de incêndio diminui. Se a previsão indica seca intensa, intensificamos a presença do Estado nas regiões mais vulneráveis, tanto com ações de contenção quanto com ajuda humanitária, como envio de água e apoio logístico às comunidades”, concluiu.
A apresentação de Ítalo Medeiros evidenciou o esforço coletivo e técnico do governo do Acre para minimizar os efeitos da estiagem, com uma estratégia que alia articulação institucional, uso de tecnologia, comunicação e ação direta nas áreas de maior risco.