O Instituto Imazon e mais cinco fundações e organizações, além de outras 16 empresas parceiras, divulgaram o resultado do estudo “Índice de Progresso Social Brasil 2025_ Qualidade de Vida nos 5.570 Municípios do Brasil”.
Das vinte cidades com pior qualidade de vida, 17 estão na região Norte, sendo 12 no Pará. Esse dado, por si, já sugere muito debate. No Pará, a maior parte dessas cidades está localizada na região centro-sul do Estado, embora tenha também cidades da lista no nordeste do estado. O perfil da atividade econômica da região centro-sul do Pará é muito diversificado. É uma espécie de síntese da exploração econômica da Amazônia: há extração mineral, há agricultura (com destaque para soja); há pecuária. Como tudo no Pará é superlativo, o estado tem o segundo maior rebanho bovino do país, contabilizado em mais de 26 milhões de cabeças. Sem contar a criação de búfalos.
Na lista também há duas cidades acreanas: a clássica presença de Santa Rosa do Purus e Feijó. Três cidades estão no estado de Roraima, um estado com forte vocação florestal. E há também a pequena Japorã, com apenas 8 mil habitantes na fronteira com o Paraguai.
O perfil das atividades econômicas dessas cidades transitam entre regiões com forte vocação florestal a regiões de forte vocação para a agropecuária ou mineral. Não tem escapatória: as cidades que estão nesta lista estão inseridas nesse perfil econômico.
No outro extremo, há a lista com as vinte cidades com melhor Índice de Progresso Social. No grupo, 13 cidades estão localizadas no interior do Estado de São Paulo. Paradoxalmente, também são regiões com forte atividade agrícola. Com uma diferença, há capital e tecnologia instalados em empreendimentos que estimulam o setor de serviços em metrópoles regionais, como Ribeirão Preto, uma cidade sempre listada entre as melhores do país quando o assunto é qualidade de vida.
Método
O estudo abrangeu todos os 5.570 municípios do país. Mediu o desempenho social e ambiental dos territórios. Foram avaliados 57 indicadores sociais e ambientais. Esses indicadores foram agregados a um índice geral com notas que variam de 0 a 100.
Esse índice geral se divide em três categorias: Necessidades Humanas Básicas; Fundamentos do Bem-Estar e Oportunidades. Além disso foram avaliados 12 componentes dentro das dimensões Nutrição e Cuidados Médicos Básicos; Água e Saneamento; Moradia; Segurança Pessoal; Acesso ao Conhecimento Básico; Acesso à Informação e Comunicação; Saúde e Bem-Estar; Qualidade do Meio Ambiente; Direitos Individuais; Liberdades Individuais e de Escolha; Inclusão Social e Acesso à Educação Superior.
Diz o estudo: “a Amazônia Legal apresenta a pior nota dos componentes Qualidade de Meio Ambiente. Isso devido ao desmatamento acumulado e à concentração de emissão de Gases de Efeito Estufa”.
Posição | Município | UF |
---|---|---|
1 | Uiramutã | RR |
2 | Jacareacanga | PA |
3 | Amajari | RR |
4 | Bannach | PA |
5 | Alto Alegre | RR |
6 | Trairão | PA |
7 | Pacajá | PA |
8 | Portel | PA |
9 | São Félix do Xingu | PA |
10 | Anapu | PA |
11 | Cumaru do Norte | PA |
12 | Japorã | MS |
13 | Uruará | PA |
14 | Santa Rosa do Purus | AC |
15 | Feijó | AC |
16 | Santana do Araguaia | PA |
17 | São João do Araguaia | PA |
18 | Marajá do Sena | MA |
19 | Peritoró | MA |
20 | Santa Maria das Barreiras | PA |
Posição | Município | UF |
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1 | Gavião Peixoto | SP |
2 | Gabriel Monteiro | SP |
3 | Jundiaí | SP |
4 | Águas de São Pedro | SP |
5 | Cândido Rodrigues | SP |
6 | Presidente Lucena | RS |
7 | Luzerna | SC |
8 | Pompéia | SP |
9 | Nova Lima | MG |
10 | Itupeva | SP |
11 | Curitiba | PR |
12 | Araraquara | SP |
13 | Campo Grande | MS |
14 | Barra Bonita | SP |
15 | Ribeirão Preto | SP |
16 | Jaguariúna | SP |
17 | Adamantina | SP |
18 | Votuporanga | SP |
19 | Brasília | DF |
20 | Louveira | SP |