“Hoje é um dia histórico”, diz Assuero Veronez, sobre decisão da OMSA em relação à aftosa

Itaan Arruda
Assuero Veronez destaca que manter a sanidade do rebanho é essencial para a competitividade da pecuária acreana e brasileira no mercado internacional. Foto: Thalles André

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre, Assuero Veronez, compreende hoje, 29 de maio de 2025, como “um dia histórico”. O que motiva a fala é o fato de a Organização Mundial de Saúde Animal reconhecer o Brasil como “Área Livre de Aftosa Sem Vacinação”.

O diploma que reconhece essa classificação sanitária é recebido em Paris, sede da entidade, onde há uma delegação do Ministério da Agricultura e também da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Assuero Veronez lembrou o processo histórico do Acre que fez com que, no ano passado, o Estado fosse um dos cinco no país a receber essa classificação sanitária junto com Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rondônia, os cinco únicos, até então, a serem diplomados com a mais alta classificação sanitária. O que a OMSA faz hoje é nivelar o país inteiro à mesma condição que esses cinco estados já tinham conquistado.

“É uma grande conquista, fruto de uma luta de quarenta, cinquenta anos”, alegra-se Veronez. “A Federação da Agricultura, há pelo menos quarenta anos, vem trabalhando no programa de erradicação da aftosa e, para isso, levamos um dos pontos que considerávamos mais importantes para que o programa caminhasse que era justamente a criação de um instituto de defesa agropecuária e isso foi feito no início da década de noventa”.

Era o nascimento do Idaf. A partir daí, o programa de erradicação da aftosa ganhou em consistência. “Criamos, ao mesmo tempo, o Fundepec, que é um fundo que arrecada recursos até hoje dos pecuaristas para garantir a erradicação da aftosa e a manutenção desse status que fomos galgando ao longo dos anos”.

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre, tão importante quanto conquistar o status é garantir a manutenção. “Para isso é preciso muita vigilância e nosso órgão de defesa tem que estar muito bem aparelhado e ter consciência dessa conquista. Qualquer retrocesso nos coloca novamente em uma situação de exclusão de mercados importantes”, avaliou. 

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