ABPA projeta crescimento de 2% na produção de suínos no país

Consultorias internacionais estimam que China, maior produtora mundial, tenha queda de 2,2% na produção em 2025 e chegue a 55,5 milhões de toneladas

Itaan Arruda
Jorge Viana reforça potencial do Acre nas cadeias globais da proteína suína, soja, milho e café. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projeta que, para 2025, a produção brasileira de suínos alcance 5,45 milhões de toneladas. É um crescimento de 2% comparado ao ano passado, que teve o valor da produção contabilizado em US$ 3 bilhões. O setor está otimista porque entende que a postura protecionista do governo dos Estados Unidos pode acabar moldando cenários novos para o Brasil.

“A Ásia hoje precisa dos alimentos produzidos no Brasil”, constatou o presidente da Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos, Jorge Viana, que acompanhou o presidente Lula nas agendas do Japão e do Vietnã. “E o nosso estado pode estar nas cadeias produtivas das proteínas, pode estar no café, no milho e na própria soja”.

É preciso dar dimensão matemática à fala do presidente da Apex para que se tenha uma ideia do que representa a Ásia enquanto consumidora de proteína animal. A China, por exemplo, importa muita carne de porco do Brasil (em 2024, foram 241 mil toneladas). Mas ela produz muito. É a maior produtora mundial. A ABPA comemora a possibilidade de o Brasil produzir 5,45 milhões de toneladas de carne suína. A China vai ter queda já projetada de 2,2% este ano e, mesmo assim, deve alcançar 55,5 milhões de toneladas.

Até o ano passado, os principais destinos da carne suína brasileira foram Hong Kong, Vietnã, Estados Unidos, Singapura e Uruguai e também os destaques Filipinas, China, Chile e Japão. O Japão teve o maior crescimento na compra da carne suína brasileira: 131,6%. Foram 93,4 mil toneladas em 2024.

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