Um grupo de fruticultores de Capixaba vai pressionar parlamentares estaduais na sessão desta terça-feira (18) da Assembleia Legislativa do Acre. O objetivo é conseguir apoio político para que os prejuízos com a safra de maracujá sejam diminuídos. Inicialmente, o protesto estava sendo planejado para acontecer em frente à Cooperacre. Mas o grupo mudou o foco.
“Vamos para a Assembleia. Alguém precisa entender o que está acontecendo para que o nosso problema seja resolvido. Amanhã, vamos levar os presidentes de associações que não receberam pelo que produziram. Vamos ver de que maneira os deputados podem ajudar a gente”, afirmou a presidente da Cooperativa Santa Fé, Nilva da Cunha Lima.
Os fruticultores de Capixaba (sobretudo os que plantaram maracujá) foram estimulados pelo Governo do Acre e pelas cooperativas a plantarem. São cerca de 100 famílias da região que produziram maracujá. Não há números exatos do volume de produção ainda.
O que se sabe é que todas as câmaras frias disponíveis para estocar o produto estão lotadas de polpas de frutas. A Cooperacre lotou as câmaras frias que possui e alugou outras seis. Todas lotadas. Nas casas dos produtores, os refrigeradores também estão lotados de polpas. A muitas frutas se estragou. Para o agricultor de base familiar, o prejuízo é grande.
O grupo também alega que o Governo do Acre ainda não sanou todas as dívidas com associações. Mas o problema mais grave, de fato, é a questão da falta de infraestrutura de armazenagem e a inexistência de mercado consumidor para a polpa acreana.
A Cooperacre investe na ampliação de mercado. A meta é passar a exportar polpa de fruta para fora do país. Investe na instalação de mais uma câmara fria que vai dobrar a capacidade de estocagem. O investimento é de R$ 40 milhões.