No Projeto Oriente, merenda escolar chega em trator adaptado para lama

Em vídeos, agricultores do Projeto de Assentamento Oriente, na região da Transacreana, denunciam o descaso com a política de melhoramento de ramais

Itaan Arruda

No Projeto de Assentamento Oriente, na região da Transacreana, a merenda escolar da escola que tem no ramal só chega por meio de um trator adaptado para enfrentar muita lama. “Isso aqui, ó, é o Projeto Oriente e isso que estamos levando é merenda escolar”, diz a voz do agricultor no vídeo mostrando três botijas de gás e várias caixas com alimentos.

E o agricultor continua narrando a rotina de quem vive por ali, quase em tom cômico, mesmo diante daquele mar de exclusão e lama. “E como é que os alunos vêm para a escola? Vêm de (sic) cavalo. Ou quadriciclo. Mas quadriciclo só filho de fazendeiro”.

“Essas são as condições dos nossos ramais”, lamenta o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Extrativistas e Assemelhados de Rio Branco, Josimar Ferreira do Nascimento. “E isso porque é para entregar merenda. Ou seja: é um ramal em que há uma escola. Teoricamente, deveria ser um ramal que deveria dar acesso o ano inteiro. Na prática, está dessa forma”.

Agricultores, estudantes, profissionais da educação sofrem com as condições dos ramais no Projeto de Assentamento Oriente.
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