Acre cria Orçamento Climático para rastrear investimentos verdes

Nova lei estadual identifica e monitora gastos públicos com ações de mitigação, adaptação e sustentabilidade ambiental

Posseiros dos seringais Santa Cecília e Tamandaré contestam proposta da Verde Brasil para integrar projeto de crédito de carbono.

O Acre deu um passo inédito na gestão ambiental ao sancionar a Lei nº 4.679/2025, que cria o Orçamento Climático do Estado. A proposta tem como objetivo mapear, organizar e avaliar todos os investimentos públicos voltados à mitigação e adaptação às mudanças climáticas, promovendo a integração entre meio ambiente, economia e justiça social.

De acordo com o texto, o Orçamento Climático será uma diretriz transversal dentro do planejamento estadual, articulando diferentes secretarias em torno de metas ambientais comuns. A lei estabelece sete eixos prioritários, entre eles:

  • Desenvolvimento sustentável e bioeconomia;
  • Mitigação das mudanças climáticas;
  • Adaptação e resiliência frente a eventos extremos;
  • Justiça climática e inclusão social;
  • Governança ambiental e transparência;
  • Educação e inovação climática;
  • Gestão de riscos e proteção civil.

O texto ainda prevê a criação de um comitê de governança com representantes do poder público, sociedade civil e comunidades tradicionais, responsável por acompanhar a execução das políticas e sugerir melhorias. A metodologia de apuração será baseada em modelos internacionais, como o Climate Budgeting Programme da rede global C40, e adaptada à realidade amazônica.

Para o governo, o novo instrumento vai permitir maior transparência na aplicação dos recursos e eficiência nas ações ambientais, tornando o Acre uma das primeiras unidades da federação a adotar um sistema próprio de monitoramento orçamentário climático. A medida também abre caminho para captação de financiamentos internacionais voltados a projetos sustentáveis.

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