Termina hoje o terceiro ciclo de arremate da Peixes da Amazônia

Duas empresas (ou pessoas) demonstraram interesse nos leilões anteriores. Dos R$ 68 milhões investidos por empresários e Governo do Acre, a Justiça avaliou no primeiro ciclo em R$ 19 milhões; no segundo R$ por R$ 17,1 milhões e hoje pode sair pela pechincha de R$ 15,2 milhões

Itaan Arruda
Projeto foi à falência devida à gestão. Nos últimos anos, não se conseguiu encontrar investidor. (Foto: Gleilson Miranda)

A Peixes da Amazônia pode ser vendida hoje (15). É o último ciclo de arremate iniciado em setembro. Inicialmente, o Complexo de Piscicultura foi oferecido pela Justiça do Acre por R$ 19.001.914,85. Mas não houve comprador. Isso foi em 15 de setembro.

Na sequência, duas semanas depois, um novo ciclo, com lance mínimo calculado em R$ 17.101.723,37. Hoje, o empreendimento foi desidratado a R$ 15.201.531,88. O imóvel pode ser parcelado com 50% de entrada e o restante parcelado em 12 vezes.

O Governo do Acre e empresários locais, em um desenho administrativo chamado de Parceria Público-Privado-Comunitária, investiram R$ 68 milhões no Complexo de Piscicultura Peixes da Amazônia.

O objetivo inicial do Governo do Acre era “fortalecer a cadeia produtiva do peixe”, tendo o Estado do Acre como um agente indutor da piscicultura local. Os empresários e produtores locais adquiriram cotas e se tornavam sócios do empreendimento.

Houve problemas no escopo do projeto (sobretudo na questão da energia elétrica). Isso consumiu parte considerável do frágil caixa do capital de giro. Associado a isto, a base de produção de peixes também não acompanhou a demanda que a grande estrutura do Complexo de Piscicultura exigia.

O “Caso Peixes da Amazônia” ainda é uma história a ser detalhada. O desenho administrativo da empresa é o mesmo que foi aplicado na Dom Porquito, um dos empreendimentos de sucesso que só existe graças ao apoio do Governo do Acre.

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