O estado do Acre permanece entre os principais responsáveis pela destruição da Amazônia. Entre agosto de 2024 e julho de 2025, foram derrubados 372 km² de floresta em território acreano, o que coloca o estado na 4ª posição no ranking da Amazônia Legal, de acordo com levantamento divulgado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Embora o resultado represente uma redução de 4% em relação ao ciclo anterior, os números seguem preocupantes. O ranking é liderado pelo Pará, com 1.170 km² de floresta derrubada, seguido por Mato Grosso (747 km²) e Amazonas (739 km²).
No cenário municipal, o Acre também se destaca negativamente. Feijó aparece entre os dez municípios que mais desmataram em toda a Amazônia no último ano, com 78 km² de floresta derrubados, ocupando a 7ª posição. Além disso, a cidade foi listada pela plataforma PrevisIA, que utiliza inteligência artificial para prever riscos ambientais, como uma das áreas com maior chance de novas derrubadas.
Outro dado que acende alerta é o avanço da degradação florestal, caracterizada por danos severos à vegetação que, embora não resulte em corte raso imediato, fragiliza a floresta e aumenta sua vulnerabilidade ao fogo. O Acre registrou 230 km² degradados, uma alta expressiva de 265% em comparação ao período anterior, ficando na 7ª colocação entre os estados mais impactados por esse tipo de dano ambiental.
Segundo o Imazon, os resultados mostram que, apesar de pequenas reduções pontuais no desmatamento, a pressão sobre a floresta amazônica segue intensa, especialmente em áreas onde a expansão da pecuária, a grilagem de terras e a exploração ilegal de madeira continuam a impulsionar a devastação.