Os sete municípios banhados pela Bacia do Rio Acre em território brasileiro já sentem os efeitos da crise hídrica. O coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, Cláudio Falcão, participou de um encontro trinacional em Puerto Maldonado, no Peru, para tratar de ações que podem ser executadas de maneira a garantir a manutenção dessa bacia, única fonte de água para comunidades na região trinacional.
A informação não é nada animadora para os moradores da Capital, Rio Branco. Duas regiões estratégicas, o Alto Acre e o Riozinho do Rola, estão em situação crítica. E ainda há pelo menos dois meses de estiagem. Em Brasileia, o Rio Acre mede entre 70 e 80 centímetros. E o Riozinho do Rola estava medindo 62 centímetros neste domingo.
“Essa situação pode ficar ainda mais crítica porque ainda temos o mês de setembro, outubro e até novembro”, alertou Falcão. “Em alguns pontos aqui do Rio Acre em Assis Brasil, é possível atravessar o rio sem precisar nadar”, afirmou em vídeo divulgado em redes sociais.
Ao todo, foram 11 instituições e órgãos públicos que participaram dos debates na cidade peruana de Puerto Maldonado. Instituições peruanas e bolivianas somaram oito instituições.
Não ficou claro ainda quais foram os encaminhamentos definidos pelo grupo. Mas já foi anunciado que as medidas precisam ser executadas nos próximos seis meses.