Os moradores da região da Transacreana, no Km 18 do Ramal da União, voltaram a debater sobre o problema de servidão de passagem. No mês passado, o proprietário da Fazenda Talismã impediu a passagem pela propriedade e impactou a rotina de pelo menos 500 moradores da região, inclusive de moradores da Reserva Extrativista Chico Mendes.
Além de fechar a porteira, ele contratou segurança privada. Os guardas exigiam documentos, anotaram placas dos carros, revistaram pessoas e veículos. A comunidade ficou revoltada. Fizeram um protesto. Conversaram. Ficou acertado de que o proprietário faria uma proposta.
Ontem (16), um termo de compromisso (protocolo de intenções) foi apresentado aos representantes dos moradores. Eles rechaçam a possibilidade de assinar. “Esse termo desrespeita os produtores. Vamos acionar a Defensoria Pública e o Ministério Público e mais ainda: se não houver diálogo, nós vamos bloquear tudo na região”, afirmou Osiel de Abreu Silva, um dos líderes do movimento que exige o direito de servidão de passagem.
O protocolo de intenções apresenta uma série de condicionantes. Uma delas é a indenização de quaisquer danos causados por sua ação ou omissão, direta ou indiretamente. Sem contar a porteira que não ficaria aberta em tempo integral como querem os moradores.
A reportagem fez contato com o proprietário conhecido como “Léo”. Até o encerramento deste texto, não houve retorno. O espaço segue aberto para qualquer esclarecimento.