Lula recebe certificado de Brasil como Área Livre de Aftosa Sem Vacinação

Processo iniciado na década de 60 tem ciclo finalizado neste 6 de junho em Paris, na sede da Organização Mundial de Saúde Animal

Redação
Presidente Lula recebe diploma que reconhece Brasil como Área Livre de Aftosa Sem Vacinação. (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe, nesta sexta-feira (6), em Paris, o diploma que certifica que o Brasil é uma Área Livre de Aftosa Sem Vacinação. A cerimônia de entrega do certificado acontece na sede da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O evento fecha um ciclo de 60 anos, quando o país iniciou campanhas pontuais em áreas específicas do país. O Acre ainda não fazia parte efetiva desse ciclo de proteção. À época, o plantel que havia chegado na década anterior, estimulado por Guiomard Santos, com algumas matrizes tendo sido transportadas de avião, estava isolado geograficamente do país. O Acre só veio a se inserir nesse cenário efetivamente no fim dos anos 90, nas fazendas mais estruturadas.

Em declaração ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santi Ricardo Santin. Ele falou ao Agro Estadão que essa nova classificação sanitária não interesse apenas ao comércio da carne de boi. Mas tem importância fundamental para outras proteínas, como a carne de suínos, por exemplo.

“São duas vertentes de importância. A primeira delas, que a suinocultura se beneficia junto com todas as outras [atividades], é a imagem do país. É um país que investe, porque, para chegar a um selo de livre de aftosa sem vacinação, precisa ter investido muito, ter construído um sistema de defesa muito robusto e muito forte […]”, destacou Santin. “A segunda vertente é o impacto econômico. A suinocultura sofre muita restrição de alguns países que não abriam para outros estados além de Santa Catarina, justamente porque o Brasil ainda vacinava. Veja o caso de Rio Grande do Sul, Paraná, Acre e Rondônia, que foram declarados livres de febre aftosa sem vacinação há dois anos, mas ainda não começaram a vender”, complementou Santin ao jornal paulista.

Santin informou também que o status de Área Livre de Aftosa Sem Vacinação não abre mercados de forma automática, mas é estratégica para a abertura de novos mercados. Ele, inclusive, na declaração que deu ao Agro Estadão, cita o Acre, tratando da abertura de mercados para a suinocultura.

“A suinocultura sofre muita restrição de alguns países que não abriam para outros estados além de Santa Catarina, justamente porque o Brasil ainda vacinava. Veja o caso de Rio Grande do Sul, Paraná, Acre e Rondônia, que foram declarados livres de febre aftosa sem vacinação há dois anos, mas ainda não começaram a vender”, afirmou Santin ao Agro Estadão.

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