O Brasil alcançou nesta semana um marco histórico para o setor agropecuário. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) concedeu ao país o status de livre de febre aftosa sem vacinação, durante a 92ª Sessão Geral da entidade, realizada em Paris.
A certificação internacional é fruto de décadas de esforços sanitários e monitoramento rigoroso por parte das autoridades brasileiras, incluindo o Ministério da Agricultura, órgãos estaduais de defesa agropecuária e o setor produtivo. Representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), do governo federal e de entidades do agro participaram da cerimônia que oficializou o reconhecimento.
A febre aftosa é uma das principais preocupações sanitárias da pecuária global, e a conquista do novo status deve abrir as portas para mercados mais exigentes, que até então mantinham restrições à carne bovina brasileira em razão da vacinação. A expectativa é de que o Brasil amplie sua presença em países como Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos, valorizando ainda mais os produtos de origem animal.
Segundo a CNA, esse é um passo importante rumo ao fortalecimento da imagem sanitária do Brasil no cenário internacional e representa uma oportunidade estratégica para pequenos, médios e grandes pecuaristas, especialmente em regiões com forte presença da bovinocultura.
As autoridades reforçam, no entanto, que o status exige responsabilidade contínua. O país seguirá com a vigilância ativa, rastreabilidade dos rebanhos e capacidade rápida de resposta a qualquer foco suspeito da doença.