Setor cafeeiro avança no Vale do Juruá com início dos testes no Complexo Industrial

Iniciativa visa fortalecer a agricultura familiar e deve beneficiar mais de 1.500 pessoas com estrutura moderna de beneficiamento e valorização do café regional.

Luiz Eduardo Souza
Produtores acreanos ampliam a produção de café, mas enfrentam a instabilidade de um mercado globalizado. Foto: Diego Gurgel/Secom

O setor cafeeiro da região do Vale do Juruá vive um novo momento com o início dos testes dos equipamentos de processamento do Complexo Industrial do Café, localizado no município de Mâncio Lima. A estrutura é considerada a maior da região Norte voltada ao beneficiamento do café produzido por agricultores familiares.

A instalação do complexo é resultado de uma parceria entre o governo federal, por meio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), e a Coopercafé (Cooperativa dos Produtores de Café do Vale do Juruá). Com investimentos que superam os R$ 9 milhões — incluindo uma contrapartida de R$ 2 milhões da cooperativa —, o projeto tem como objetivo fortalecer a cadeia produtiva do café na Amazônia, com foco em sustentabilidade e inclusão.

A estrutura começa agora a fase de testes operacionais e deve ser inaugurada oficialmente a partir da segunda quinzena de maio. A expectativa é de que, com o início das atividades, produtores tenham acesso a um sistema moderno de beneficiamento, agregando valor à produção local e gerando mais oportunidades de renda para famílias da agricultura familiar.

Produção em expansão

O Complexo integra o projeto Café Amazônia Sustentável, iniciativa que busca implementar um modelo cooperativista de desenvolvimento socioeconômico. Atualmente, são mais de 1,5 milhão de pés de café plantados por cooperados, sendo que a maior parte pertence a pequenos e médios produtores.

Até o fim de 2025, o projeto deve alcançar mais de 150 famílias e beneficiar diretamente cerca de 1.500 pessoas. Para a safra do próximo ano, a estimativa é de produção de 34 mil sacas de café, consolidando o Juruá como um dos polos emergentes na cafeicultura amazônica.

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