Idaf mostra que números de abates e de nascimento crescem nos últimos quatro anos

Comportamento mostra a importância de alguma intervenção do Estado na busca pelo “ponto de equilíbrio”

Itaan Arruda
Novilhas puras de origem da raça Nelore aos 18 meses de idade, recriadas em pastagens biodiversas com amendoim forrageiro, na Fazenda Itaituba, em Bujari, Acre.. Foto: Carlos Mauricio Soares de Andrade

Dados do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf/AC) mostram como tem crescido o número de abates no Estado nos últimos quatro anos. Apenas entre 2020 e 2021, houve redução no número de abates (em função do período de pandemia de covid-19).

De 2021 a 2024, o número de abate só cresce. Em 2021, foram abatidos 36,9 mil cabeças no Acre. Depois o número aumentou para 38,4 mil. Em 2023, o número saltou para 51,1 mil abates e ano passado avançou mais: foi para 58,5 mil cabeças.

Os números acabam conflitando com que disse o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre, Assuero Veronez, em recente entrevista ao agro24cast. Veronez relacionou a dificuldade do pecuarista na manutenção do rebanho, incluindo abates, com a limitação da área de pastagens.

Os números do Idaf mostram que os abates estão crescendo mesmo com a área, teoricamente, sendo a mesma.

Por outro lado, os números do Idaf mostram que o cenário é, realmente, de pressão sob o produtor de bezerros. Porque o número de nascimentos também tem crescido. Em 2022, nasceram 98,3 mil bezerros no Acre. Em 2023, teve uma queda para 94,4 mil. E ano passado saltou para mais de 103,3 mil.

Com um detalhe, em todo o país, o abate de fêmeas tem sido uma regra. Cerca de 51% dos abates feitos foram de fêmeas. Em todo Brasil. Como o Acre já é conhecido como um Estado produtor de bezerros, o que deve aumentar a procura de animais por aqui. A tendência é de baixa oferta de bezerros para reposição.

Por isso, é importante a busca da Sefaz pelo “ponto de equilíbrio” entre o tanto de animais que saem do Acre e o tanto que fica aqui para abastecer as indústrias frigoríficas locais. Ao chegar a um determinado número de saída de animais, a Sefaz “aumenta a pauta”. A dinâmica é esta. Qual é o número e em quanto a pauta vai aumentar é que ainda não se definiu.

E a saída não tem sido baixa: no primeiro quadrimestre de 2025, já saíram do Acre cerca de 88 mil bezerros.

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