Queijo artesanal garante sustento e identidade à família de produtor no Acre

Luiz Eduardo Souza

Na Colônia 3 Irmãos, zona rural do Acre, o dia começa cedo para Manoel Messias Lima, de 64 anos. Criador de gado e produtor de queijos artesanais, ele encontrou na rotina do campo não apenas uma forma de sustento, mas também uma conexão profunda com a terra e com os saberes tradicionais da agricultura familiar.

A produção de queijo, feita com o leite das vacas leiteiras do seu rebanho, é hoje a principal fonte de renda da família. Todos os dias, Manoel tira o leite e inicia o processo de fabricação, que resulta em cerca de dez queijos diários — uma média de 70 unidades por semana. Os queijos são vendidos diretamente aos moradores da região e também para clientes que já conhecem e valorizam a qualidade do produto artesanal.

Aqui se vende de tudo um pouco: gado, galinha, porco… Mas é o queijo que mais sai. Tem o tradicional e tem o temperado, que vai pimenta, orégano e outros temperos”, conta o produtor, com orgulho.

Além da venda de queijos, Manoel também comercializa animais de pequeno e médio porte, como bois, porcos e galinhas, reforçando a diversidade de produção da pequena propriedade. No entanto, é o queijo que vem ganhando cada vez mais espaço — não só pela renda que proporciona, mas pelo reconhecimento que representa para o pequeno agricultor.

Mais do que um produto, o queijo artesanal de Manoel simboliza a força da agricultura familiar e o valor da produção feita com cuidado, paciência e conhecimento passado de geração em geração. Em um cenário em que a industrialização domina o mercado alimentício, o trabalho de Messias resiste com sabor, identidade e tradição.

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