Acre acompanha queda nos preços da soja durante feriados

Baixa liquidez no mercado interno e externo pressiona cotações; mesmo com produção modesta, o Acre observa movimentações que impactam o agronegócio regional

Luiz Eduardo Souza
Mercado da soja apresenta retração no cenário nacional e no exterior. Foto: Reprodução

A semana, marcada pelos feriados da Páscoa e de Tiradentes, trouxe impactos diretos ao mercado da soja no Brasil e no exterior. Com menor volume de negociações, os preços registraram recuos em diversas regiões do país, refletindo também no clima de atenção entre os produtores acreanos, que, mesmo com uma produção ainda em expansão, acompanham de perto o comportamento do setor.

Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a cotação da soja no Porto de Paranaguá (PR) caiu para R$ 135,61 nesta quinta-feira (17), representando uma queda de 0,80% em relação ao dia anterior. A redução é atribuída principalmente à baixa liquidez do mercado, já que muitos agentes se afastam das negociações durante o período de feriados prolongados.

O mercado internacional também apresentou sinais de retração. Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros para julho fecharam em queda de 0,24%, sendo negociados a US$ 10,4775 por bushel. Além do feriado, o comércio internacional acompanha com cautela os desdobramentos da guerra comercial entre grandes potências e o início do plantio nos Estados Unidos.

No Acre, embora a soja ainda não seja uma das principais culturas da agricultura local, pequenos e médios produtores estão atentos ao movimento do mercado, já que a oleaginosa tem se mostrado uma alternativa viável para diversificação agrícola em algumas áreas do estado. O interesse pela cultura é impulsionado pelas experiências bem-sucedidas em regiões próximas, como Rondônia e Mato Grosso, e pela busca por novas fontes de renda que respeitem os limites ambientais da Amazônia.

Nas principais praças do Brasil, os preços também caíram. De acordo com a Scot Consultoria, a saca de soja está sendo vendida a:

  • R$ 121,50 em Luís Eduardo Magalhães (BA)
  • R$ 120 em Rio Verde (GO)
  • R$ 117 em Balsas (MA)
  • R$ 120 no Triângulo Mineiro
  • R$ 123 em Dourados (MS)

Nos portos, a saca é cotada a R$ 136,50 em Santos (SP) e R$ 138,50 em Rio Grande (RS).

Para os produtores acreanos que observam o cenário nacional como termômetro para decisões futuras, o momento é de cautela. A oscilação de preços, combinada às incertezas do mercado externo, reforça a importância de planejamento e análise antes de investir em novas culturas.

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