Com 28,47% de exportações para o Peru, Acre realiza movimento de se “voltar ao Pacífico”

Nem China e nem Estados Unidos. O país para o qual o Acre mais vendeu foi o Peru em 2024. A relação cultural que sempre viveu um clima de resistência agora conhece um novo ritmo, embalada pelo comércio. Com 28,47%, o Peru lidera o destino das exportações acreanas.

Os Estados Unidos nem estão entre os cinco maiores importadores de produtos acreanos. Importa, sobretudo, castanha-do-Brasil e importa pouco: apenas US$ 552.741,00 (2,15%).

Como já foi falado aqui no ac24agro, essa aproximação comercial se efetiva com lentidão. Mas esse não é o principal problema. O principal gargalo é a qualidade dessa relação comercial. Caso a estrutura desse comércio esteja fundamentada no comércio de commodity, a qualidade dessa relação tende a estagnar.

Outro detalhe: passada a Guerra Comercial com os Estados Unidos, a China deve impor outro ritmo a projetos ainda em planejamento no Brasil, como as obras do Quadrante Rondon, por exemplo. Atualmente, Peru e Bolívia também são dependentes do capital chinês. A Bolívia, por exemplo, vende, praticamente, toda a carne bovina que produz para o gigante asiático.

Essa falta de diversidade de parceiros comerciais e tendo commodity como fundamento do comércio torna a China ainda maior do que ela já é para regiões como Bolívia, Peru e Acre.