A ascensão do Acre como player no comércio exterior já exige mudanças estruturais na base de produção. Em 2023, o estado exportou US$ 42 milhões. No ano passado, esse número praticamente dobrou, alcançando US$ 82 milhões — sendo US$ 16 milhões apenas em carne bovina. Agora, o desafio é manter esse ritmo com eficiência e competitividade.
A resposta do setor público veio em forma de financiamento. Os produtores integrados na cadeia de engorda de porcos e aves no Alto Acre terão acesso a linhas de crédito com juros de apenas 4% ao ano, bem abaixo dos 14% praticados por outras instituições financeiras. O recurso virá por meio do Banco da Amazônia e faz parte de uma política de valorização da Agricultura Familiar.
Essa estrutura criada por uma decisão política da valorização da Agricultura Familiar é uma necessidade para o segmento em uma economia que descobriu a importância do mercado externo.
O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana, destacou o potencial de crescimento do estado no setor externo. “Eu acho que o Acre tem condições de exportar um bilhão de dólares”, afirmou com entusiasmo.

Para alcançar essa meta, será necessária uma reorganização da base produtiva, principalmente nas cadeias integradas de proteína animal. A estrutura instalada nos municípios do Alto Acre, com destaque para Brasiléia, Xapuri e Epitaciolândia, passa a ser vista como estratégica — tanto para atender a indústria local quanto para abastecer diretamente mercados internacionais.
A estruturação inclui novos galpões, assistência técnica, sanidade animal, logística e conectividade. Os investimentos não apenas abrem portas para mais exportações, mas também fortalecem a economia regional, gerando emprego e garantindo renda para centenas de famílias ligadas à produção integrada.
Com juros acessíveis, apoio técnico e projeção de mercado, o Acre entra em um novo ciclo da agroindústria — agora mais conectado com o mundo.