Governo e Ufac certificam 133 professores no Programa Escola da Terra

Certificados foram concedidos aos educadores da região do Alto Acre, resultado da parceria entre Governo do Estado e Universidade Federal do Acre

Itaan Arruda
Educadores da região do Alto Acre foram diplomados pelo Escola da Terra (Foto: Mardilson Gomes/ Agência de Notícias do Acre)

O governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação e Cultura (SEE), em parceria com a Universidade Federal do Acre (Ufac) e a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), certificou, neste fim de semana, em Assis Brasil, Brasileia e Xapuri, 133 professores do Alto Acre que concluíram o curso de aperfeiçoamento do Programa Escola da Terra, do Ministério da Educação (MEC).

Em sua primeira edição no estado, o Escola da Terra visa à formação continuada de professores que atuam em escolas do campo, das águas e das florestas nos anos iniciais do ensino fundamental. A iniciativa contemplou docentes de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri.

O professor Manoel Estebio Cavalcante, da Ufac, destacou a importância da capacitação para a educação rural: “É um projeto que visa à formação continuada desses professores, numa perspectiva de educação da terra. O curso teve momentos presenciais e a distância, nos quais os docentes puderam aplicar os conhecimentos adquiridos em projetos práticos, beneficiando não apenas os alunos, mas também a comunidade como um todo”, explicou.

A coordenadora estadual do Programa Escola da Terra, Maria Clara Siqueira, enfatizou a metodologia adotada. “Foram seis dias intensos de formação presencial, seguidos por um período em que os professores desenvolveram projetos a serem aplicados em suas comunidades. A parceria com a Ufac e as secretarias municipais foi essencial para o sucesso do programa”, avaliou, destacando a esperança por uma segunda edição da iniciativa.

Professores que atuam no campo

O professor Ari Vieira, que atua em Brasileia, compartilhou sua experiência no programa. “O curso foi extremamente proveitoso, trouxe um olhar para a origem do homem do campo, incentivando a permanência na terra e reduzindo a migração para as cidades. Esse incentivo pode garantir que as próximas gerações continuem valorizando e investindo na vida no campo”, considerou.

A coordenadora pedagógica das escolas do campo em Xapuri e tutora do projeto, Maria das Neves Amorim, ressaltou: “A educação no campo tem uma dinâmica diferenciada, pois trabalhamos com ciclos e turmas multisseriadas. O curso proporcionou aos professores ferramentas adequadas para atender às necessidades de seus alunos, garantindo um ensino de qualidade”.

A professora Liana Gadelha também destacou o valor do Programa Escola da Terra para a realidade das escolas rurais. “Foi um aprendizado enriquecedor. Conseguimos trocar experiências entre diferentes escolas da zona rural, fortalecendo a educação no campo”, disse.

Relevância social

Ministrante de aulas do programa, a professora Débora Tacana, do Colégio Aplicação (CAP) da Ufac, reforçou o significado da iniciativa. “Esse projeto tem uma relevância social indiscutível para o Alto Acre. Não apenas fortalece a educação rural, mas também promove reflexões sobre a relação entre educação, meio ambiente e desenvolvimento territorial. Os professores passaram a atuar não apenas como educadores, mas também como agentes políticos e sociais em suas comunidades”, contextualizou.

O coordenador da Representação da SEE em Xapuri comemorou os resultados da capacitação: “O Escola da Terra é fundamental para a educação no campo, especialmente para os professores que enfrentam desafios diários em salas multisseriadas. Esse projeto fortalece a educação rural e proporciona estratégias eficazes para aprimorar a aprendizagem”.

(Reportagem de Cássia Veras, da Agência de Notícias do Acre)

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