Protesto na Transacreana chama atenção para um direito básico: ir e vir

Se é verdade que debater sobre ramais é pauta antiga, é também antiga a falta de ação prática para resolver o problema

Itaan Arruda

Na próxima segunda (31), uma parte dos produtores da Transacreana realiza um protesto no Km 7 da estrada. Fica na entrada do Ramal do Riozinho, próximo à Serraria Transacreana. O clima de impaciência é visível nas conversas com os produtores.

Representantes da Secretaria de Agricultura de Rio Branco, até o início da tarde desta sexta-feira não conseguiram conversar com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Extrativistas e Assemelhados, Josimar Ferreira do Nascimento, que articula a mobilização em protesto contra a falta de obras de melhoramento dos ramais da região.

O que vai acontecer na segunda, no Km 7 da Transacreana, é o gesto de desespero por parte do trabalhador rural que perdeu a paciência. Esgotou.

O porta voz do partido Rede Sustentabilidade no Acre, Inácio Moreira, inicia uma espécie de diagnóstico daquilo que considera essencial. “Ao invés de ficarmos alimentando falsas polêmicas, nós precisamos garantir às pessoas, ao trabalhador rural, ao trabalhador de base familiar o direito de escoar o que produz, o direito à Educação e à Saúde”, afirmou. “O trabalhador da zona rural não tem, muitas vezes, o direito de ir e vir”.

Moreira iniciou um mapeamento por três municípios. Porto Acre, Bujari e Capixaba. Em Porto Acre, contou o porta-voz, há 2,4 mil quilômetros de ramais e 36 pontes a serem construídas ou reformadas. No Bujari, há aproximadamente 1,2 mil quilômetros de ramais e 60 pontes de madeira. Em Capixaba, nós temos 700 quilômetros de ramais e aproximadamente 180 pontes. “Nós temos que cuidar da qualidade dessa infraestrutura. Essa deveria ser a prioridade”.

Dados sobre outras regiões com forte vocação agrícola com base familiar devem ser objeto do diagnóstico do Rede Sustentabilidade.

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Itaan Arruda. Jornalista. Foi correspondente no Acre dos jornais Gazeta Mercantil Amazonas e O Estado de S. Paulo e repórter do jornal A Tribuna. Atuou na Secretaria de Estado de Comunicação nas gestões de Jorge Viana e Binho Marques. Foi repórter do jornal A Gazeta, editor do site agazeta.net e apresentador da TV Gazeta, afiliada à Record TV no Acre. Produziu e apresentou o programa de rádio "Voz do Povo", na Rádio Cidade. Atuou também como redator do site ac24horas. Hoje, é repórter do site ac24agro.
1 Comentário
  • E um jornalista que não faz vistas grosso
    E nem um tipo de assunto e grande proficiêncial

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