Startup do Acre vira destaque em programa da TV Globo

Ferramenta criada por acreana usa IA para identificar madeira e foi destaque em programa da TV Globo

Redação

O Wood Chat, desenvolvido pela empreendedora acreana Fernanda Onofre, tem ganhado destaque nacional ao unir tecnologia e preservação ambiental. A ferramenta, que utiliza inteligência artificial para identificar espécies de madeira, foi tema de reportagem exibida neste sábado (22) no programa Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, da TV Globo

O serviço usa inteligência artificial para analisar imagens enviadas pelos usuários via WhatsApp ou web, permitindo um diagnóstico preciso sobre a origem da madeira. A tecnologia ajuda a diferenciar espécies que, muitas vezes, são agrupadas sob um mesmo nome popular, contribuindo para um manejo mais sustentável e evitando o esgotamento de determinadas árvores.

De acordo com a fundadora, o projeto surgiu da necessidade de tornar esse processo mais acessível e eficiente, especialmente para fiscais, comunidades e empresas do setor madeireiro. Para viabilizar a tecnologia, a equipe participou do edital Conexão Floresta, promovido pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), PPBio/Idesam e Manaus Tech Hub.

“Desenvolvemos um protótipo de inteligência artificial para reconhecimento de madeira da Amazônia. O principal desafio foi transformar essa tecnologia em um produto funcional, integrá-lo ao WhatsApp e garantir que a ferramenta fosse acessível para empresas do setor, fiscais e comunidades”, explica Fernanda Onofre.

Com o crescimento da ferramenta, a startup criou um laboratório especializado na identificação de madeira, “Wood Lab”, que conta com duas tecnologias principais: o Wood Chat e a Wood Vision.

O Wood Chat funciona como uma assistente virtual integrada à API oficial do WhatsApp e conta com uma inteligência artificial chamada Violeta, apelidada de “Professora da Floresta”. A IA responde perguntas sobre espécies de madeira, manejo sustentável e regulamentações ambientais, tornando-se uma ferramenta de educação ambiental acessível para toda a comunidade.

Já a Wood Vision utiliza visão computacional para identificar madeira a partir de imagens enviadas pelos usuários. Diferente do Wood Chat, que é gratuito, essa tecnologia opera dentro de uma plataforma web e oferece um serviço mais avançado, disponível mediante login e senha para assinantes. O objetivo é garantir mais precisão na identificação das espécies e maior rastreabilidade na cadeia produtiva da madeira.

Segundo Fernanda, a ferramenta pode ser uma aliada na fiscalização ambiental, mas ainda não há parcerias formais com órgãos responsáveis. “Estamos em diálogo com instituições ambientais e fiscalizadoras para ampliar o uso da tecnologia e fortalecer sua aplicação na fiscalização e conformidade ambiental”, afirma.

Expansão e reconhecimento

Desde seu lançamento, o Wood Chat tem sido reconhecido por sua inovação. A startup foi vencedora do Desafio no WhatsApp pela Amazônia, promovido pela Meta, empresa dona do WhatsApp. Como parte do prêmio, a ferramenta recebeu suporte da plataforma Turn.io e da coordenação do ITSRio, além de garantir um milhão de acessos mensais ao WhatsApp durante um ano.

A empresa também é mentorada pelo PEIEX, programa da ApexBrasil, e parceira da Fundação Certi por meio do Programa SinapseBio. Outras colaborações incluem o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), o Manaus Tech Hub do Instituto Sidia e a incubação pelo Instituto Federal do Acre (Ifac), em Rio Branco.

A fundadora, Fernanda Onofre, também foi selecionada entre as 50 empreendedoras ou líderes empresariais convocadas para a 4ª edição do programa Elas Exportam, da ApexBrasil.

“Essas parcerias estratégicas estão abrindo novos caminhos para ampliar o impacto do Wood Chat, levando educação florestal e tecnologia a cada vez mais pessoas e conectando comunidades à preservação da Amazônia”, afirma.

Assista ao vídeo:

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