Pecuaristas contestam projeto que prevê fim da exportação de gado vivo no Brasil

Proposta em debate no Senado prevê vedação integral em cinco anos; União Nacional de Pecuária defende manutenção da prática

Luiz Eduardo Souza
Pecuaristas temem novo prejuízo com a chegada da seca nos pastos.

A União Nacional de Pecuária (UNAPEC) manifestou posicionamento contrário ao Projeto de Lei nº 2.627/2025, que propõe o fim da exportação de gado vivo no Brasil. O texto estabelece um período de transição de até dez anos, com proibição total da prática em cinco anos após a entrada em vigor da lei. O tema será discutido em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente do Senado nesta terça-feira, 19.

De acordo com a UNAPEC, não há obstáculos para que países importadores optem pela carne processada brasileira, mas a preferência por animais vivos ainda se mantém em diversos mercados por razões culturais, religiosas e pela própria organização de suas cadeias produtivas. A entidade avalia que a eventual aprovação da proposta pode gerar impactos econômicos significativos, reduzindo a competitividade do Brasil no comércio internacional e afetando produtores que dependem dessa modalidade de exportação.

O setor pecuário argumenta que a exportação de gado vivo é uma alternativa importante de mercado, especialmente em países que exigem o abate dentro de seus territórios. A UNAPEC ressalta que o Brasil cumpre protocolos sanitários rígidos, o que garante a qualidade e segurança no transporte dos animais. A audiência no Senado deve reunir representantes do setor, ambientalistas e parlamentares para debater os impactos econômicos, sociais e ambientais do projeto antes de sua tramitação nas comissões permanentes.

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