Em declaração ao jornal Valor, o subsecretário de Política Agrícola e Negócios Agroambientais do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, detalhou os números do Plano Safra 2024/2025 (encerrado no último 30 de junho). Chegou à contratação de R$ 570,7 bilhões, dos R$ 584,61 bilhões anunciados. Isso representa 97,5% do valor anunciado.
Para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar foram destinados R$ 66,9 milhões. E para a Agricultura Empresarial foram R$ 503,8 bilhões, que inclui o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e os demais programas.
“Ele admitiu, porém, que houve queda na contratação de financiamentos por meio das linhas tradicionais de crédito rural, sem considerar as CPRs. Dos R$ 476 bilhões anunciados para 2024/25, foram contratados R$ 389,3 bilhões, ou 81,8% do total”, informa o jornal.
Esse montante foi praticamente todo compensado pelos financiamentos via Cédula de Produto Rural (CPR). Os números de junho ainda não foram fechados. Mas o Ministério da Fazenda estima, segundo o Valor, que o desembolso desses títulos deve ser R$ 180 bilhões. É uma estimativa. “Até maio, o dado consolidado mostra contratação de R$ 168,4 bilhões, com ritmo de liberação de R$ 20 bilhões ao mês desde março”, diz o jornal.
Esses dados contradizem a retórica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil que criticava o Governo Federal justamente falando que havia uma diferença entre o que era anunciado pelo governo e o que efetivamente chegava de acesso de crédito ao produtor. A Frente Parlamentar da Agropecuária, por exemplo, classificou o Plano Safra 2025/2026 de “propaganda”.
