Um levantamento inédito realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em parceria com o projeto Amazônia 2030, revela que o estado do Acre possui mais de 71 mil hectares de vegetação secundária com idade mínima de seis anos, grande parte localizada em regiões de baixo potencial agrícola, o que representa uma oportunidade para a restauração florestal a baixo custo.
Segundo o estudo, essas áreas estão distribuídas nas mesorregiões Vale do Acre e Vale do Juruá. O Vale do Acre concentra 38.239 hectares de vegetação secundária em zonas de baixa aptidão agrícola e outros 29.418 hectares em regiões de alto potencial para grãos. Já o Vale do Juruá registra 33.331 hectares em áreas de baixa pressão agrícola e 9.052 hectares sob alta pressão.
As formações vegetais, conhecidas como florestas secundárias, são resultado da regeneração natural em áreas anteriormente desmatadas. Segundo os pesquisadores, a manutenção e o estímulo à regeneração dessas áreas têm grande importância ambiental e econômica. Além de armazenar carbono e contribuir para o cumprimento das metas climáticas brasileiras, a floresta regenerada pode fornecer recursos madeireiros e não madeireiros de forma sustentável.
