Cesta básica sobe 0,77% em Rio Branco e pressiona orçamento

Alta no óleo de soja e na carne puxou o custo em novembro; café e arroz caem no país

Luiz Eduardo Souza
Cesta básica tem leve alta em Rio Branco em novembro, puxada por óleo de soja e carne bovina.Foto: Reprodução.

A cesta básica ficou mais cara para quem vive em Rio Branco. Em novembro de 2025, o conjunto de alimentos essenciais registrou alta de 0,77% em relação a outubro, chegando a R$ 635,91, segundo levantamento do Dieese. Apesar da elevação mensal, o acumulado entre abril e novembro ainda é de queda de 6,17%.

Seis dos 12 produtos pesquisados subiram no mês: óleo de soja (6,61%), carne bovina de primeira (2,45%), banana (1,89%), pão francês (0,21%), feijão carioca (0,15%) e tomate (0,11%). Na outra ponta, houve recuo no preço de açúcar cristal (-2,68%), arroz (-2,36%), farinha de mandioca (-1,53%), manteiga (-0,74%), café (-0,33%) e leite integral (-0,28%).

No recorte dos últimos sete meses, apenas dois itens acumulam alta em Rio Branco: óleo de soja (+13,48%) e carne bovina (+1,92%). Os demais registram quedas importantes, como tomate (-17,03%), arroz (-14,63%), banana (-10,36%) e farinha (-9,36%).


Contexto nacional: quedas fortes no arroz, açúcar e batata

A análise do Dieese nas 17 capitais pesquisadas mostra movimentos distintos ao longo de 12 meses (nov/24 a nov/25). O arroz ficou mais barato em todas as cidades, com retração entre -40,22% (Brasília) e -21,77% (Aracaju). O açúcar caiu em 14 capitais, chegando a -30,67% em Belém.

A batata registrou uma das maiores reduções: entre -52,45% (Campo Grande) e -30,70% (Vitória). Já o café em pó subiu em todas as capitais, com altas marcantes de 27,11% (Brasília) a 65,91% (Porto Alegre). A carne bovina também aumentou em todo o país, embora em proporções menores, variando de 2,70% (Brasília) a 12,35% (Porto Alegre).


Impacto no bolso do acreano

Com o salário mínimo de R$ 1.518, o trabalhador de Rio Branco precisou dedicar 92 horas e 10 minutos de jornada para comprar a cesta básica em novembro — mais do que as 91 horas e 28 minutos exigidas no mês anterior.

Descontando a Previdência, o gasto com a cesta comprometeu 45,29% da renda líquida, contra 44,94% em outubro.

O cenário mostra que, mesmo com quedas importantes em produtos como arroz e açúcar, a pressão de itens como óleo e carne continua pesando no orçamento das famílias da capital acreana.

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