Lama, isolamento e exclusão: a rotina do agricultor da Capital

Até o final da tarde desta sexta-feira, nenhuma comunidade rural havia feito contato com a Seagro para pedir auxílio

Itaan Arruda

Nenhuma das 23 comunidades agrícolas acompanhadas pela Secretaria de Agricultura de Rio Branco (Seagro) havia feito qualquer contato para pedir ajuda, até o fim da tarde desta sexta-feira (26). “Nenhuma comunidade nos acionou”, assegurou o secretário da pasta Eracides Caetano.

A secretaria, garante Caetano, faz o monitoramento assessorada pelas informações da Defesa Civil de Rio Branco. “É um serviço mais difícil do que o que é feito na cidade”, compara.

Difícil mesmo é o que têm enfrentado os agricultores no entorno da Capital. Na região da Transacreana, a região mais produtiva de Rio Branco, o agricultor ou pequeno pecuarista está isolado, em meio à lama e à exclusão de obras estruturantes que garantam o trânsito mínimo nos ramais.

No Ramal Antônio Felipe, por exemplo, um igarapé transbordou. Não era possível atravessar a área por causa da força da água.

Ramal Antônio Felipe, na região da Transacreana. Igarapé transbordou por falta de obras que garantam o escoamento da água pluvial.

No Rio Vai se Ver, um agricultor aproveitou um resto de energia que tinha para mandar, via Starlink, imagens de como está a situação na propriedade dele. “É muita chuva. Desde cedo tá assim”, relata.

Na região da Transacreana, o Ramal Dois Irmãos tem uma ponte que está praticamente sem condições de garantir o trânsito de pessoas e cargas. Com a retomada das chuvas, é possível que o igarapé deixe isoladas as comunidades agrícolas que precisam escoar a produção por ali.

Nos cálculos da Prefeitura de Rio Branco, foram recuperados mais de 870 quilômetros de ramais. 

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