As exportações brasileiras de soja e milho registraram queda em novembro, refletindo um movimento de ajuste do mercado internacional. De acordo com a Conab, a retração está relacionada à normalização das condições climáticas na América do Sul e à redução do ritmo de negociações no mercado externo.
No caso da soja, a diminuição dos contratos de exportação acompanha o comportamento observado nas bolsas internacionais, especialmente em Chicago. Já o milho teve redução nos embarques em meio à menor intensidade das negociações e à priorização do mercado interno, onde indústrias compram apenas volumes suficientes para manter estoques estratégicos.
Os estados de Mato Grosso, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul continuam liderando as exportações, mas os impactos desse cenário também atingem a Região Norte. Os portos do Arco Norte, que vêm ampliando sua participação no comércio exterior de grãos, sentiram a desaceleração nos embarques, especialmente no fim do período analisado.
Para o Acre, a redução das exportações nacionais tende a reforçar a oferta interna de milho e soja, o que pode favorecer setores que dependem desses insumos. Em especial, a pecuária acreana pode se beneficiar de maior disponibilidade de grãos no mercado doméstico, ajudando a equilibrar custos em um estado fortemente dependente de produtos vindos de outras regiões.
