Folhas de café viram matéria-prima para pesquisa inovadora

Pesquisa da USP transforma resíduo da cafeicultura em óxido de zinco de alto valor tecnológico.

Luiz Eduardo Souza

Um resíduo abundante da cafeicultura acaba de ganhar novo destino. Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (USP) desenvolveram uma técnica para transformar folhas de café em matéria-prima para nanopartículas de óxido de zinco, usadas em áreas como saúde, meio ambiente e tecnologia. O estudo foi publicado na revista Scientific Reports, do grupo Nature.

A inovação está na chamada síntese verde, que utiliza compostos naturais presentes nas próprias folhas como agentes de transformação — substituindo reagentes tóxicos e processos caros. As nanopartículas criadas em laboratório mostraram forte ação antibacteriana, com eficiência contra bactérias como Staphylococcus aureus e E. coli.

Além de achar uso para um resíduo sem valor comercial, a descoberta pode beneficiar diretamente o Brasil, maior produtor mundial de café, ao transformar um subproduto abundante em insumo para tecnologias de maior valor agregado.

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