Cenoura, alface, banana e mamão ficam mais baratos; Ceasa Rio Branco registra segunda maior queda do país

Acre aparece entre os destaques negativos do Boletim Prohort, com recuo de 16,56% no preço da cenoura

Luiz Eduardo Souza
Governo do estado e prefeituras poderiam ajudar a monitorar os preços. Com mais informação sobre cenário da inflação, consumidor decide melhor. (Foto: ac24horas)

O Ceasa de Rio Branco foi um dos destaques nacionais na queda dos preços da cenoura em outubro, registrando redução de 16,56%, o segundo maior percentual negativo do país, segundo o 11º Boletim Prohort da Conab. A retração acompanha o movimento observado em novembro, influenciado pela forte oferta vinda de Minas Gerais, principal produtor nacional. Enquanto algumas centrais, como Curitiba, viram altas expressivas — 39,02% — Rio Branco e Rio de Janeiro lideraram as quedas mais intensas, contribuindo para a estabilidade nacional do produto entre setembro e outubro.

A pressão de baixa também atingiu alface, banana e mamão. A alface registrou o terceiro mês consecutivo de queda, reflexo da elevada oferta e da menor demanda em períodos mais frios, com recuo de 7,27% na média ponderada nacional. A banana caiu 4,14%, pressionada pela maior entrada da variedade prata vinda do Norte de Minas, Bahia, Vale do Ribeira e Ceará, enquanto a nanica permaneceu escassa. O mamão começou outubro em alta pela baixa oferta, mas recuou após a segunda quinzena com o aumento da colheita e a elevação das temperaturas, fechando o mês com queda de 5,05%.

Em contraste, cebola, batata, tomate, laranja, maçã e melancia ficaram mais caros. A cebola voltou a subir após meses de queda, com alta de 12,24%, influenciada pela demanda e pela qualidade do produto. A batata teve um dos maiores avanços, 19,35%, apesar da oferta maior, enquanto o tomate subiu 3,97% após meses de retração. Entre as frutas, a laranja avançou 4,3%, e a maçã teve pequenas altas em diversas Ceasas por causa da redução dos estoques. Já a melancia viveu uma transição de oferta, com Tocantins encerrando a safra e São Paulo e Bahia assumindo o abastecimento. A temporada de exportações também segue aquecida, com alta de 31,5% no volume embarcado entre janeiro e outubro.

Compartilhar esta notícia
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *