Com carne bovina mais cara, consumo de peixe cresce em Rio Branco

Reajuste menor dos pescados impulsiona mudança nos hábitos alimentares e leva consumidores a buscar preços mais baixos na Ceasa, no Mercado Elias Mansour e com produtores à beira da estrada.

Luiz Eduardo Souza

O aumento expressivo no preço das proteínas tradicionais está levando o consumidor brasileiro a repensar o que coloca no prato. Um estudo da Scanntech mostrou que o consumo de pescados cresceu 8,2% entre janeiro e setembro deste ano, impulsionado pela busca por alternativas mais baratas e acessíveis. Enquanto a carne bovina acumulou alta próxima de 25% e a carne suína encareceu mais de 21%, os peixes tiveram reajuste muito menor, de apenas 2,1%, tornando-se uma opção estratégica para quem quer garantir proteína sem pesar tanto no orçamento.

Essa mudança de comportamento também se reflete no dia a dia de quem vive em Rio Branco. Para economizar, muitos consumidores têm buscado peixes diretamente com produtores locais, seja nos mercados centrais ou em pontos informais de venda. A Ceasa de Rio Branco é um dos principais locais para encontrar tambaqui, tilápia, curimatã e outras variedades com preços competitivos, especialmente porque os próprios piscicultores vendem diretamente ao consumidor. Outra opção tradicional é o Mercado Elias Mansour, que concentra bancas com pescado fresco e boa variedade, sendo referência durante períodos de maior demanda, como a Semana Santa.

Além dos mercados, muitos rio-branquenses também recorrem aos produtores que vendem peixe em isopores às margens das estradas e ramais. Esses vendedores informais costumam oferecer preços ainda mais baixos, já que comercializam direto do tanque, sem intermediários e sem custos fixos. Para quem busca economia, vale ficar atento aos trechos rurais mais movimentados e aos horários de maior circulação, principalmente nos fins de semana. Assim, além de acompanhar a tendência nacional de substituir carnes mais caras por pescados, o consumidor local pode aproveitar oportunidades mais acessíveis e fortalecer a produção regional.

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