Agropecuária sustenta superávit de US$ 0,5 bilhão na segunda semana de novembro

Exportações totais somam US$ 14,3 bilhões no mês e setor agrícola cresce 34%, enquanto indústria extrativa recua mais de 27%

Luiz Eduardo Souza
Foto: Reprodução

A balança comercial brasileira encerrou a segunda semana de novembro de 2025 com superávit de US$ 0,5 bilhão, resultado de US$ 6,5 bilhões em exportações e US$ 6 bilhões em importações, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC). A corrente de comércio da semana alcançou US$ 12,5 bilhões, mantendo o ritmo de movimentação observado no início do mês. No acumulado de novembro, o país soma US$ 2,3 bilhões de saldo positivo, com exportações de US$ 14,3 bilhões e importações de US$ 12 bilhões.

No ano, os números seguem robustos: as exportações totalizam US$ 304,049 bilhões, contra US$ 249,373 bilhões em importações, garantindo um superávit acumulado de US$ 54,677 bilhões. Conforme a Secex, a corrente de comércio brasileira cresceu 2,3% em relação à média registrada em novembro de 2024, apesar da desaceleração momentânea das vendas externas.

Comparando a média diária entre a segunda semana de novembro de 2025 e o mesmo período de 2024, as exportações caíram 2,3%, enquanto as importações avançaram 8,3%. Mesmo assim, a média diária de comércio exterior permanece elevada — US$ 2,635 bilhões, com saldo positivo de US$ 228,2 milhões.

O setor agropecuário foi o grande destaque das exportações, com crescimento de 34,3% na média diária. Em contraste, a indústria extrativa recuou 27,4%, e a indústria de transformação teve queda mais leve, de 0,5%. Entre os produtos que puxaram as retrações estão centeio, aveia e mel natural, além de minérios de cobre e petróleo bruto. Já os destaques positivos incluem café não torrado (+23,3%), soja (+71,2%), algodão em bruto (+37,3%), além da impressionante alta de 1.225,6% nos minérios de metais preciosos.

Nas importações, o avanço foi generalizado: alta de 0,4% na agropecuária, 6,9% na indústria extrativa e 8,7% na de transformação. Chamaram atenção o aumento de 3.673% nas compras de soja, a expansão de 194,5% nas importações de minérios de níquel e a alta de 56% no gás natural. No setor industrial, cresceram as compras de óleos combustíveis, máquinas não elétricas e equipamentos de processamento de dados.

Mesmo com o avanço das importações, algumas categorias registraram queda, como cevada (-89,8%), fertilizantes brutos (-59,5%) e adubos e geradores elétricos no setor de transformação.

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