Durante o Workshop Regularização Ambiental em Foco, realizado nesta segunda-feira (27), o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac) e deputado federal, José Adriano, destacou o papel estratégico do Selo Verde como ferramenta capaz de agregar valor aos produtos produzidos no estado, tanto para o mercado nacional quanto internacional.
Segundo José Adriano, a plataforma não se limita a indicar a conformidade ambiental das propriedades, mas faz parte de um esforço maior para integrar todos os atores da cadeia produtiva e regularizar os imóveis rurais de forma clara e transparente.
“Todo tipo de tecnologia que agiliza o processo de regularização, tanto da questão fundiária quanto do processo de identificação de problemas para o setor produtivo, favorece a agricultura familiar. Essa plataforma, em parceria com a UFMG, é parte de um processo maior de entendimento e adaptação”, afirmou.
O parlamentar ressaltou que o momento exige equilíbrio e cuidado, especialmente diante de projetos de lei que criam selos estaduais e municipais, com potencial de impactar a comercialização da produção.
“Não é só a plataforma que agrega, é a compreensão do problema como um todo. É necessário separar atribuições entre governo federal, estadual e municipal, para que possamos chegar na ponta de forma simples e acessível, garantindo que o produtor se sinta contemplado”, disse José Adriano.
O presidente da Fieac lembrou ainda que a discussão sobre regularização ambiental e fundiária ganha relevância internacional, com destaque para debates da COP30, reforçando que a Amazônia é estratégica para o desenvolvimento sustentável e que o Selo Verde pode ser um instrumento importante para fortalecer a competitividade da produção acreana no mercado global.
“Estamos falando de um tema delicado, que envolve legislação, responsabilidade e empatia com a realidade do produtor. Essa é uma oportunidade de nivelar o conhecimento, esclarecer dúvidas e destravar o setor produtivo”, concluiu.
O evento contou com a presença de representantes do setor produtivo, do governo estadual, de órgãos ambientais e técnicos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que apresentaram os detalhes da plataforma digital Selo Verde Acre, voltada à regularização e transparência ambiental das propriedades rurais.
