O Acre se destacou no cenário nacional ao registrar a segunda maior alta no volume de vendas do comércio varejista ampliado, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgados nesta quarta-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o levantamento, 11 estados apresentaram variação positiva entre agosto de 2024 e agosto de 2025. O Mato Grosso liderou o ranking, com avanço de 6,1%, seguido pelo Acre (3,2%) e Maranhão (2,9%). Os números reforçam a resiliência do mercado acreano, que mantém ritmo de crescimento mesmo diante de um cenário econômico nacional marcado por instabilidades.
O comércio varejista ampliado inclui, além dos itens de consumo diário, setores como materiais de construção, veículos, motocicletas e autopeças, considerados de alto impacto econômico e importantes indicadores da atividade produtiva.
Já o comércio varejista tradicional — que abrange segmentos como supermercados, combustíveis, vestuário, móveis, eletrodomésticos, farmácias e artigos de uso pessoal — apresentou alta de 2,4% no mesmo período. Com isso, o setor acumula crescimento de 2,2% no ano e 3,2% nos últimos 12 meses, segundo o IBGE.
Iniciativa privada e industrialização
O governador Gladson Cameli avaliou os números como reflexo do fortalecimento do setor privado e da diversificação econômica. Ele reafirmou a defesa de um modelo baseado em “menos governo e mais iniciativa privada”, com foco na industrialização de produtos locais, como o café, e na redução da burocracia para novos empreendimentos.
“É fundamental fortalecer o agronegócio, sempre respeitando as políticas ambientais. Defendo menos governo e mais iniciativa privada. O poder público não deve ser gestor de empresas para promover a industrialização. O papel do Estado é apoiar a iniciativa privada, que é quem gera emprego, renda e ajuda a reduzir as desigualdades”, afirmou o governador.
Cameli destacou ainda o potencial do Acre como corredor logístico estratégico para exportação e importação, apontando que o desenvolvimento depende da integração entre Estado, governo federal e setor empresarial.
“A demanda é grande. A estrada está pavimentada, e o Acre vai se tornar um verdadeiro corredor de investimentos. Não tem como falar de exportação e importação sem passar por aqui”, completou.
📈 (Com informações da repórter Tácita Muniz, da Agência de Notícias)