A Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2024, divulgada pelo IBGE, apresenta os resultados do efetivo de rebanhos, produção de origem animal e aquicultura em nível municipal. Para o efetivo de rebanho, a estimativa refere-se à do levantamento 31/12/2024. Para a produção de origem Animal e aquicultura, a estimativa de produção refere-se ao ano de referência, janeiro a dezembro de 2024. A periodicidade da pesquisa é anual. Sua abrangência geográfica é nacional, com resultados divulgados para Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação, Mesorregiões, Microrregiões e Municípios.
Rebanho
No Brasil, em 2024, o efetivo bovino brasileiro alcançou 238,2 milhões de cabeças, o que representa uma diminuição de 0,2% em comparação ao ano anterior. Apesar dessa retração, configurou o segundo maior valor da série histórica da pesquisa, sendo superado apenas pelo recorde registrado em 2023.
O efetivo de rebanho animal composto por bovinos, galináceos, suínos, equinos, ovinos, caprinos, codornas e bubalinos apresentou expansão de 4% no Acre em 2024, tendo bovinos (5.186.919 cabeças) e galináceos (2.779.161 cabeças) respondendo juntos por 96% do total de 8.309.171 cabeças de efetivo animal.
O rebanho bovino obteve expansão de 5,7%, passando de 4.908.956 para 5.186.919 cabeças, sendo os 5 principais municípios com rebanho bovinos: Rio Branco (674.973), Sena Madureira (586.666), Senador Guiomard (403.282), Brasiléia (384.883) e Bujari (380.087). Os municípios com maior contribuição para aumento do rebanho foram Tarauacá, Sena Madureira, Feijó e Rio Branco.
Segundo a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, realizada também pelo IBGE nos estabelecimentos sob inspeção sanitária, o ano de 2024 apresentou o maior volume abatido já registrado no Brasil, cerca de 39,7 milhões de cabeças.
No Acre, a Pesquisa Trimestral do Abate apontou aumento no abate em 21% entre 2023 e 2024, passando de 466.875 para 563.599 cabeças abatidas em estabelecimentos com inspeção municipal ou estadual ou federal. Importante salientar que a mediana de cabeças abatidas de bovinos de 2013 a 2024 é de 153.140 cabeças. Os últimos 4 anos foram significativos em termos de abate de bovinos.
No escopo da PPM, galináceos abrangem todos os animais da espécie Gallus gallus, independentemente de idade ou sexo. Galinhas, por sua vez, são especificamente as fêmeas dessa espécie, cuja criação é destinada à produção de ovos. Portanto, o efetivo de galináceos contempla galinhas, além de outras categorias como frangos de corte, destinados à produção de carne.
Para os galináceos ocorreu expansão de 2%, passando de 2.724.029 para 2.779.161 cabeças, sendo os 5 principais municípios com rebanho bovinos: Senador Guimard (474.144), Brasiléia (392.130), Rio Branco (253.052), Epitaciolândia (234.660) e Tarauacá (193.200). O município com maior contribuição para aumento do rebanho foi Senador Guiomard.
Produção de Origem Animal
Em 2024 a produção de origem animal gerou R$ 142,9 milhões, crescimento de 23% em valor de produção, sendo que os principais responsáveis foram: Ovos de Galinha (R$ 70,7 milhões) com 34% de crescimento e Leite (R$71,5 milhões) com 14% de crescimento, sendo que para ovos de galinha a quantidade produzida explica este aumento e para leite, os preços médios é a principal variável.
A produção de ovos de galinha se concentra nos municípios onde se localizam as granjas de maior porte, assim, Senador Guiomard (6.770.790 dúzias), Rio Branco (912.460 dúzias) e Cruzeiro do Sul (866.580 dúzias), respondem juntos por 84% da produção total de 10.170.520 dúzias de ovos de galinha.
No Acre, a Pesquisa Trimestral da Produção de Ovos de Galinha apontou aumento na produção de ovos de 47% entre 2023 e 2024, passando de 5.434.000 para 7.994.000 dúzias de ovos. O crescimento é bastante expressivo e se intensifica desde 2022.
Aquicultura
A despesca do peixe criado em cativeiro (piscicultura) totalizou em 2024 cerca de 2,3 mil toneladas, isto representa uma queda de 7% em relação a 2023. O Valor de Produção aumento 8%, representando R$ 35,7 milhões.
Os municípios com maior despesca em 2024 foram Brasiléia (360.000 Kg), Rio Branco (253.814 Kg), Cruzeiro do Sul (238.686 Kg), Mâncio Lima (197.619 Kg) e Rodrigues Alves (178.070 Kg).
(Texto extraído da Agência de Notícias do IBGE)