Cadeias produtivas da sociobiodiversidade em foco no 3º Fórum de Bioeconomia da Amazônia

Especialistas discutem cultivo, manejo, extração e industrialização de produtos florestais e apontam carências para inserção no mercado

Luiz Eduardo Souza
Pagamento direto em Poupança Social do Banco do Brasil. (Foto: Reprodução O Globo)

Durante o 3º Fórum de Bioeconomia da Amazônia, um dos painéis mais aguardados reuniu vozes que vivem diretamente a realidade da floresta e das cadeias produtivas da sociobiodiversidade. Com o tema “Cultivo, Manejo, Extração e Industrialização – As carências para o mercado dos óleos, extratos, mel e afins”, a mesa contou com a participação de Maria Paulina, liderança comunitária, Manoel Ezimar, produtor extrativista, e o Dr. da Borracha, referência no setor de produtos florestais.

O debate trouxe à tona desafios históricos e atuais enfrentados por comunidades que cultivam e manejam recursos como óleos vegetais, mel e extratos florestais. Entre os pontos destacados, estão as dificuldades de acesso a crédito, a falta de infraestrutura para beneficiamento, gargalos logísticos e a carência de políticas públicas que aproximem o pequeno produtor da indústria e do mercado consumidor.

Ao mesmo tempo, os painelistas ressaltaram o potencial econômico e sustentável dessas cadeias, que podem gerar renda sem abrir mão da conservação da floresta. A industrialização, quando feita com tecnologia e parcerias adequadas, é vista como caminho para agregar valor aos produtos, ampliar mercados e fortalecer a bioeconomia amazônica. O painel reforçou a necessidade de integração entre produtores, pesquisadores, governo e iniciativa privada para transformar a sociobiodiversidade em motor de desenvolvimento regional.

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