O mercado de cacau registrou movimentações positivas nesta terça-feira, 19, com elevação nas cotações no Brasil e sinais de recuperação nos contratos futuros internacionais, após recentes flutuações.
No mercado interno, a arroba do cacau na Bahia foi cotada a R$ 612, representando avanço de 1,16% em relação ao dia anterior. No Espírito Santo, a saca alcançou R$ 2.448, também com alta de 1,16%. Já no Pará, a cotação do quilo chegou a R$ 38,50, um aumento de 1,32%. O movimento confirma a tendência de recuperação após quedas registradas no início do mês.
No âmbito internacional, os contratos futuros para dezembro de 2025, negociados em Nova York, oscilaram entre US$ 8.037 e US$ 8.252 por tonelada, após fecharem o pregão anterior em US$ 8.184. O resultado indica um leve ganho, refletindo maior estabilidade após semanas de forte volatilidade no mercado global.
De acordo com dados do Trading Economics, o cacau atingiu US$ 8.228,25 por tonelada no dia 16 de agosto, uma variação de 0,04% frente ao fechamento anterior. Nos últimos 30 dias, a commodity acumula alta de 12,58%, mas ainda se encontra quase 10% abaixo do valor registrado no mesmo período de 2024. Para os próximos meses, a projeção é de que os preços girem em torno de US$ 7.806,14 por tonelada, podendo recuar para a casa de US$ 6.665,70 no horizonte de um ano.
A valorização nos mercados internos é atribuída a fatores como a menor oferta disponível, ajustes na logística e expectativas de aumento da demanda no segundo semestre. Já no cenário internacional, os preços seguem influenciados pela produção na África Ocidental — principal região produtora — e pelas condições climáticas que podem afetar a safra.
Especialistas ressaltam que a oscilação da commodity também reflete o equilíbrio delicado entre oferta global e consumo crescente, principalmente da indústria de chocolates e derivados. Para produtores brasileiros, a conjuntura atual é vista como oportunidade de ganho no curto prazo, embora persista a preocupação com a volatilidade no mercado internacional.