A produção de açúcar, etanol e bioeletricidade a partir da cana-de-açúcar é estratégica para a economia brasileira, mas enfrenta desafios relevantes em segurança ocupacional e proteção ambiental. O uso de máquinas pesadas, processos químicos e exposição a altas temperaturas torna o ambiente de trabalho complexo e exige atenção constante para prevenir acidentes e preservar a saúde dos trabalhadores.
Segundo o técnico em segurança do trabalho Wagner Gaioski, os principais riscos na atividade incluem aprisionamento e cortes por máquinas, problemas respiratórios causados pela poeira vegetal, incêndios e explosões em áreas com vapores inflamáveis, além de exposição química e térmica em caldeiras e evaporadores. Ele também ressalta que movimentos repetitivos e posturas inadequadas aumentam a probabilidade de lesões musculoesqueléticas.
Além das ameaças diretas aos trabalhadores, o setor precisa lidar com impactos ambientais, como a contaminação de solo e água pelo uso intensivo de fertilizantes e agrotóxicos, afetando ecossistemas e comunidades vizinhas. Gaioski enfatiza que segurança do trabalho e preservação ambiental devem caminhar juntas para garantir uma produção sustentável.
Para o especialista, identificar, prevenir e controlar riscos não é apenas uma obrigação legal, mas um compromisso com a vida e a continuidade do setor sucroenergético. Investimentos em treinamento, tecnologia e monitoramento constante são, segundo ele, fundamentais para reduzir acidentes e manter a atividade de forma responsável.
As declarações foram publicadas por Gaioski em seu perfil no LinkedIn.