Bioinsumos: o futuro sustentável da agricultura brasileira

Produtos biológicos ganham espaço na agricultura sustentável do Brasil

Luiz Eduardo Souza

O manejo correto é fundamental para o sucesso da agricultura, mas nem todas as práticas são recomendadas para garantir a saúde do solo e do meio ambiente. Nos últimos anos, o uso de produtos químicos tem sido repensado, dando espaço a alternativas mais sustentáveis, como os bioinsumos — produtos de origem biológica que auxiliam no desenvolvimento das plantas sem causar impactos negativos.

Cada vez mais, profissionais do setor agrícola estão atentos à preservação ambiental e buscam maneiras de manter a produtividade com práticas que respeitem o solo e o ecossistema. Em 2024, a Comissão de Meio Ambiente aprovou um projeto da senadora Janaína Farias (PT-CE) que estimula o uso de produtos biológicos na agricultura. Paralelamente, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) mantém o Programa Nacional de Bioinsumos para fomentar essa tendência.

O que são bioinsumos?

Bioinsumos, ou produtos biológicos, são substâncias originadas de fontes vegetais, microbiológicas — como bactérias, fungos e vírus — ou animais. Eles são produzidos para ajudar no crescimento, desenvolvimento e resistência das plantas. Além de agirem como agentes de controle biológico contra pragas, plantas daninhas e doenças, esses produtos também ajudam a mitigar estresses bióticos (causados por organismos vivos) e abióticos (decorrentes do ambiente), podendo substituir o uso de antibióticos na agricultura.

Um dos maiores benefícios dos bioinsumos é a promoção da regeneração do solo, preservando sua fertilidade sem o uso de químicos agressivos. Como são de origem natural, ajudam a manter o equilíbrio da microbiota benéfica presente no solo, essencial para a saúde das culturas.

Crescimento do mercado e perspectivas

Dados do MAPA e da Embrapa mostram um aumento de 750% no registro de produtos biológicos e microbiológicos entre 2011 e 2022. A expectativa é que o mercado brasileiro de bioinsumos alcance R$ 17 bilhões até 2030, sinalizando a consolidação dessa prática como uma importante aliada da agricultura sustentável no país.

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