Aumenta em 85% saída de bovinos vivos em sete meses, comparada a 2024

A transferência de animais vivos registrou redução de 32%. Dados são do Idaf e divulgados pelo Fórum Empresarial de Desenvolvimento e Inovação do Acre

Itaan Arruda

O Fórum Empresarial de Desenvolvimento e Inovação do Acre, com dados oficiais do Idaf, mostra que continua alto o volume de saída de bovinos vivos do Acre para outros estados. Entre janeiro a julho de 2025, houve crescimento de 85% da saída de bovinos vivos do Acre, comparada ao mesmo período do ano passado. A análise de fluxo é assinada pelo professor Judson Valentim, pesquisador da Embrapa/AC.

Os dados do Idaf mostram que não houve nenhum mês de 2025 que tenha havido recuo na saída (comercialização + transferência) de bovinos vivos. (Veja a tabela)

Entre janeiro e julho, houve redução de 32% na transferência de gado

A única redução registrada foi na transferência de bovinos vivos (quando o animal é transferido para o mesmo proprietário). Em 2024, entre janeiro e julho, foram transferidos 38.113 animais. Em 2025, caiu para 25.738, o que representa apenas 12% do total das saídas.

A comercialização entre proprietários diferentes demonstrou que há uma sangria de saída de gado do Acre em 2025. O aumento foi de 146%, entre janeiro e julho. Em 2025, saíram 183.379 bovinos vivos do Acre, comercializados entre proprietários diferentes. O número representa 88% do total de saída no ano.

O número é uma demonstração clara de que a interferência feita pela Sefaz no início do ano não prejudicou o comércio pecuário com outros estados.

Crescimento de abate é de apenas 11%

O número de abates de bovinos no Acre cresceu também entre janeiro e julho. Mas foi um crescimento bem mais modesto, de apenas 11%. Foram abatidos 379.885 animais em 2025. No mesmo período do ano passado, o abate foi de 342.225.

Abril foi o único mês de 2025 em que o número de abates foi menor do que o registrado no ano passado (ponto em que o gráfico vermelho fica abaixo do gráfico azul).

Os números mostram que o percentual de crescimento de abate dos frigoríficos do Acre é muito menor do que o crescimento de saída de bovinos vivos.

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